Floripa News
Cota??o
Florian?polis
Twitter Facebook RSS

Delegados da PF criticam greve “sem justa causa” de agentes

Publicado em 21/10/2014 Editoria: Polícia Comente!


foto: Debandada: greve na semana do segundo turno preocupa delegados - Comunicação Social da PF

foto: Debandada: greve na semana do segundo turno preocupa delegados - Comunicação Social da PF

Entidades de delegados dizem estar preocupadas com a possibilidade de que a imagem da PF “seja comprometida por um movimento grevista inoportuno com finalidade nitidamente eleitoreira”.

Duas entidades de delegados da Polícia Federal divulgaram nesta segunda-feira (20) nota conjunta em que condenam a greve anunciada, por parte de agentes, em resposta à publicação da Medida Provisória 657/14. Chamada de “MP da Autonomia”, a matéria foi editada pelo governo na última terça-feira (14), acatando reivindicações dos delegados ao passo em que contraria demandas de outras carreiras da corporação.

Para a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) e a Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol), que subscrevem a nota, a greve é “injustificável” na semana que antecede o segundo turnos das eleições, além de ser realizada por uma “pequena parcela” da corporação.

As entidades dizem estar preocupadas com a “falta de justa causa” da greve e com a possibilidade de que a imagem da PF “seja comprometida por um movimento grevista inoportuno com finalidade nitidamente eleitoreira”.

“[...] a consolidação da Polícia Federal como órgão de Estado requer um comportamento profissional condizente com o interesse público, não se confundindo as preferências eleitorais de pequenos grupos com a instituição da qual fazem parte. Afinal, isso seria negar a natureza republicana conquistada ao longo de vários governos pela Polícia Federal”, diz a nota.

Racha

Ao editar a MP, o governo federal atende aos pedidos dos delegados e mantém a divisão entre as outras categorias da PF. Agentes e peritos reivindicam uma carreira única dentro da corporação e a possibilidade de ter cargos de direção, de presidir inquéritos e lutam pela progressão da carreira. Além disso, agentes reclamam que a MP elimina a possibilidade que eles tenham o mesmo espaço dos delegados na condução de investigações. Sugestões nesta linha tramitam no Congresso, como as Propostas de Emenda à Constituição 73 e 51.

A edição da medida provisória, que lhe confere vigência imediata passível de confirmação no Congresso, ocorreu no mesmo dia em que estava prevista uma mobilização nacional por mais independência da Polícia Federal. Concretizada a tramitação da medida, a greve passou a ser amparada por entidades como a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef).

Em seu site, a entidade diz que, até a última sexta-feira, agentes de 17estados já paralisaram as atividades: Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Alagoas, Tocantins, Acre, Ceará, Bahia, Santa Catarina, Pará, Maranhão, Goiás, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Piauí. A greve foi estendida até a próxima sexta-feira (24), dois dias antes da votação de segundo turno para o governo em 14 estados e mais o Distrito Federal, além da eleição presidencial.

 

 

 

› FONTE: Congresso em foco

Comentários