Quando se fala em tratamento da obesidade, a indicação é de um acompanhamento multidisciplinar, que envolva várias áreas da saúde e bem estar, sempre sob orientação profissional. Assim, nutricionistas, psicólogos e preparador físico ganham cada vez mais importância no suporte às especialidades médicas de base, especialmente da endocrinologia.
Mesmo quando a terapia clinica não surte efeito e surge a indicação para os procedimentos bariátricos invasivos, o médico endocrinologista deve ser mantido como o principal elo do tratamento com o paciente e todas as demais áreas, visto que sua especialidade é a que possui a visão mais global de todos os processos e evoluções do organismo diante dos tratamentos propostos.
Com a evolução crescente dos recursos da medicina seguindo na contramão da restrição dos medicamentos anorexígenos e ansiolíticos para o controle da obesidade, os endocrinologistas começaram a ampliar sua base de indicação terapêutica com a inserção do balão intragástrico, considerado o método mais natural após os medicamentos, visto que não se configura em cirurgia, mas em um procedimento endoscópico reversível.
A indicação ganhou ainda mais força a partir da aprovação da Anvisa para a indicação do balão intragástrico Orbera™ para portadores de IMC (Índice de Massa Corpórea) a partir de 27, ou seja, na faixa do sobrepeso.
De acordo com o endocrinologista membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e diretor do Instituto Mineiro de Endocrinologia, dr. Geraldo Santana, “o tratamento tem se apresentado como uma estratégia bastante interessante pois, quando associado às orientações nutricional e comportamental, se torna um grande incentivador para a mudança dos hábitos, perda de peso e consequentemente redução dos riscos associados ao sobrepeso e obesidade”.
“A indicação da Anvisa mostra um avanço, pois no sobrepeso já encontramos fatores de risco para o desenvolvimento de uma série de doenças importantes como hipertensão arterial, diabetes tipo 2, alterações do colesterol, entre outros”, completa dr. Geraldo.
› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)
