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Horário de verão começa no próximo domingo (19)

Publicado em 15/10/2014 Editoria: Geral Comente!


foto: Divulgação

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À zero hora do dia 19 de outubro, começa o Horário de Verão (HV). Os brasileiros que vivem nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste devem adiantar o relógio em uma hora. Segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS), esse horário proporcionará economia de energia de 195MW médios e de 55MW médios no subsistema Sudeste/Centro-Oeste e no subsistema Sul, o que representa 0,5% da energia consumida nesses subsistemas.

O Operador assinala que esses ganhos são relevantes, uma vez que os armazenamentos adicionais contribuem para a garantia do atendimento energético ao longo de 2015 e para eventual redução do despacho futuro de geração térmica, que tem reflexos nas tarifas para o consumidor final.

Durante a vigência do HV, a redução esperada de 55MW médios, a cada mês do período, equivale aproximadamente ao consumo médio mensal de Florianópolis.

O benefício energético esperado durante todo o período de vigência da medida, mantida a redução média da edição anterior, será de 150GWh, o que corresponde a um aumento de 1,1% no armazenamento equivalente das usinas hidrelétricas localizadas no subsistema Sul.

Do ponto de vista da segurança operacional do sistema, a redução esperada de demanda de 625MW na região Sul equivale aproximadamente a 132,7% da demanda de Joinville no horário de ponta noturna e evita o investimento de R$ 1,1 bilhão para construir uma usina térmica a gás natural (US$ 750/kW) destinada a atender somente à ponta noturna (veja gráfico).

Em Santa Catarina, a diminuição de demanda prevista, 180MW, proporcionará a redução do carregamento do sistema de atendimento à região metropolitana de Florianópolis, reduzindo possíveis cortes de carga em situações de contingência (veja comparativo esperado para cidades catarinenses).

Dados Comparativos – 180MW

 

 

 

Municípios

MW

Comparação

Número de UCs

Florianópolis

243,6

73,9%

225.406

São José

92,8

194,1%

97.456

Palhoça

54,9

327,8%

70.479

Blumenau

206,6

87,1%

135.277

Joinville

471,0

38,2%

201.087

Lages

59,1

304,4%

63.020

Videira

41,5

433,9%

20.288

Concórdia

52,9

340,4%

31.034

Jaraguá do Sul

122,4

147,0%

62.320

Joaçaba

17,4

1035,0%

13.090

Criciúma

93,8

191,9%

68.047

São Miguel d&39;Oeste

18,7

960,8%

17.255

Tubarão

60,9

295,6%

32.709

Rio do Sul

34,7

518,9%

26.311

Mafra

18,8

957,5%

22.361

São Bento do Sul

44,7

402,4%

31.355

Itajaí

114,4

157,3%

77.313

Chapecó

112,6

159,9%

78.622

Os dados do ONS apontam que os ganhos totais referentes ao custo evitado para contornar riscos em equipamentos em regime normal de operação resultarão em benefícios econômicos de R$ 74 milhões, com a redução de geração térmica por razões de segurança elétrica, no período de janeiro a fevereiro de 2015.

Desse total, R$ 18 milhões se referem ao despacho de energia térmica evitado nas usinas no subsistema Sul e R$ 56 milhões no subsistema Sudeste/Centro-Oeste.

A redução do valor da carga esperada para a ponta do sistema irá proporcionar redução da necessidade de geração térmica para atendimento aos horários de ponta e para a manutenção da segurança operativa durante os grandes eventos que ocorrem durante o verão como o Réveillon. Os ganhos referentes ao custo evitado na ponta resultarão em benefícios econômicos para o Sistema Interligado Nacional (SIN) de R$ 204 milhões, que somados aos custos evitados para a segurança elétrica, totalizam economia de R$ 278 milhões para o Setor Elétrico.

Os ganhos referentes à racionalização de investimentos em geração e/ou transmissão para o atendimento ao aumento de carga do período de verão, podem ser traduzidos pelo custo evitado de construção de térmicas a gás natural (US$ 750/kW) para atender à ponta, o equivalente a R$ 4,5 bilhões no SIN.

Benefícios

A adoção do HV traz benefícios para a operação do sistema, principalmente devido à redução da demanda no horário de ponta. A redução do consumo provocado pela defasagem de uma hora com a implantação do HV é explicada pelo deslocamento da entrada da carga de iluminação pública e residencial, evitando-se a coincidência com a carga dos consumos comercial e industrial, cuja redução normalmente se inicia após as 18 horas.

A superposição desses consumos, sem o Horário de Verão, causaria o aumento da demanda no horário de ponta com reflexos na segurança operacional dos estados dos subsistemas Sul e Sudeste/Centro-Oeste. Portanto, no início do HV, a demanda na hora da ponta diminui, permanecendo reduzida até o término do HV, quando então, volta a elevar. A diferença entre os valores verificados de demanda, com e sem a vigência do HV, representa o benefício para o sistema elétrico.

Esse benefício pode ser avaliado também com a postergação de investimentos para atender o acréscimo na demanda apenas no horário de ponta bem como a garantia da confiabilidade em determinadas áreas do SIN e a redução (ou até mesmo eliminação) de cortes de carga em emergências.

Para o consumidor final, o benefício, além dos ganhos de lazer, turismo e segurança, pode ser traduzido no aumento evitado na tarifa de energia elétrica.

História

O procedimento é adotado durante o verão porque os dias são mais longos, em função da posição daTerra em relação ao Sol, daí o nome em português, espanhol, alemão e outras línguas. Em inglês, o termo "Daylight saving time" (Horário de economia com luz do dia, em tradução livre) enfatiza a função prática, enquanto no idioma italiano "Ora legale" (Hora legal) destaca o caráter institucional da medida. 

No Brasil, o horário de verão é adotado todos os anos desde 1985. Até 2007 a duração e a abrangência geográfica do horário de verão eram definidas anualmente por decreto da Presidência da República. É designado pela sigla BRST (Brazilian Summer Time). A decisão de usar ao horário é de cada estado e, no último ano, a Bahia resolveu aderir. A inclusão foi reivindicada pelos empresários daquele estado, que queriam sincronia com os expedientes bancário e comercial do Sul e Sudeste.

 

› FONTE: Governo do Estado de SC

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