Depois de 19 semanas em queda, a estimativa do mercado para o crescimento da economia brasileira neste ano voltou a subir, segundo o boletim Focus, do Banco Central. Economistas ouvidos pela instituição elevaram a perspectiva de alta do PIB neste ano a 0,28% contra 0,24% na consulta anterior. Para o ano que vem, a projeção permaneceu em 1%.
Apesar do ligeiro aumento para a estimativa deste ano, a taxa ainda está próxima do que esperam organismos como o Fundo Monetário Internacional (FMI), que na semana passada reduziu sua projeção para o Brasil de 1,3% para 0,3% - ritmo bem abaixo do estimado para emergentes em geral (4,4%) e mundial (3,3%). O governo estima crescimento de 0,9%.
A mudança da tendência do Boletim Focus ocorre porque a indústria, setor que vinha apresentando forte desaceleração no ano, apresentou um leve aumento de 0,7% em sua atividade, no mês de agosto, na comparação com julho. Também, porque o déficit na balança comercial no ano reduziu mais que o esperado nos últimos três meses.
Porém, a previsão de crescimento de 0,28% ainda é baixa. É preciso diminuir os juros, juntamente com a promoção de uma reforma fiscal e trabalhista, com objetivos de reduzir custos, aumentar a produtividade da economia e elevar a participação dos investimentos no PIB (atualmente este valor encontra-se em 16,5% quando o ideal é mais de 20%) para que o Brasil retome o rumo do crescimento sustentável.
› FONTE: FIESC