Para a candidata à reeleição, existe “afinidade” entre os programas econômicos de Aécio Neves e da presidenciável derrotada do PSB. Ela, no entanto, rejeita a possibilidade de transferência imediata de votos.
Candidata à reeleição, a presidenta Dilma Rousseff classificou como “compreensível” o apoio de Marina Silva (PSB) à candidatura de Aécio Neves (PSDB) no segundo turno da corrida presidencial. No entanto, a petista entende que a entrada da pessebista na campanha do tucano não significa transferência imediata de votos.
Dilma não demonstrou surpresa ao saber do anúncio de Marina. “Eu acho que esse anúncio é compreensível, porque a proximidade maior que ela tem é com o programa econômico do Aécio e tem menos proximidade, de fato, com o programa social do meu governo e do governo do presidente Lula”, comentou em entrevista coletiva realizada neste domingo em São Paulo.
Após participar de uma atividade de campanha relacionada com o Dia das Crianças na capital paulista, Dilma foi questionada se houve “falha de articulação” do PT com Marina sobre o segundo turno. Ao rejeitar a possibilidade, lembrou que candidatos que apoiaram a pessebista na primeira fase da eleição, como o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), embarcaram na campanha petista. “Nós não falhamos, eles tinham outro alinhamento”, resumiu.
Sobre a expectativa do tucano pela transferência de votos, Dilma não acredita que isso aconteça de forma imediata. “O voto não é propriedade nem minha, nem de qualquer candidato, o voto é do cidadão e da cidadã brasileira. Então é uma temeridade eu dizer que vai ter ou não vai ter transferência de voto. O voto é de cada brasileiro e cada brasileira”, afirmou.
Economia
A presidenta ainda voltou a usar os dados econômicos do governo Fernando Henrique Cardoso (1995 a 2002) para criticar Aécio. Ela lembrou do racionamento de energia elétrica por um ano e das taxas de inflação do período.
“O projeto que está do lado do candidato adversário representa uma visão da economia que, quando esteve no governo, o que fez? Quebrou o país três vezes, deixou o país com um taxa de inflação de 25%, deixou o País com desemprego de 11,5, uma inflação de 12,5%”, afirmou.
› FONTE: Congresso em foco