Pesquisa para o Dia das Crianças revela também que 60% dos consumidores aprenderam sozinhos a controlar seus gastos.
Os consumidores consideram importante a educação financeira das crianças. Pesquisa nacional realizada pela Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) para mapear hábitos de consumo para o Dia das Crianças e a educação financeira na infância revelou que 76% dos consumidores acreditam que é muito importante orientar as crianças sobre como lidar com o dinheiro. 20% consideram importante e apenas 4% acham esse assunto indiferente, pouco importante ou nada importante.
Dos entrevistados, todos adultos, 60% aprenderam sozinhos a lidar com o dinheiro, 18% com os pais, 10% em livros, sites e materiais na internet, 9% com outras pessoas ou parentes e apenas 3% declaram que aprenderam na escola.
A pesquisa também apontou que 75% dos entrevistados concordam que educar financeiramente uma criança é capacitá-la para fazer o melhor uso do dinheiro e que esse tipo de ensinamento deve partir da própria família. Outros 36% concordam que a educação financeira de crianças deve ser um papel das escolas.
Controle financeiro
No que se refere a controle financeiro, 75% dos consumidores revelaram que o fazem. As classes sociais D e E são as que apresentam o menor percentual de consumidores que fazem algum controle dos gastos (70%), contra 83% da classe C e 89% da classe A e B. Outro destaque é que 93% dos consumidores já passaram por algum tipo de dificuldade financeira.
Questionados sobre o hábito de dar mesada aos filhos, 68% disseram que não possuem esse hábito. E dos 32% que oferecem mesada aos filhos, 46% o fazem para estimular a educação financeira na fase infantil, enquanto 28% para prover alimentação ou lanches e 19% como forma de recompensa do comportamento. Dos que oferecem mesada aos filhos, 92% pagam em dinheiro.
Hábitos de poupar
Apenas 28% dos consumidores afirmam poupar dinheiro. Desses, 30% utilizam poupança, 15% títulos de capitalização, 12% previdência privada, 6% fundos e ações e 20% outros investimentos. As classes A e B são as que mais possuem o hábito de poupar (57%), seguidas das classes C (31%) e D / E (23%).
Na classe C a poupança é utilizada por 35% dos consumidores e nas classes D e E por 40%. Na comparação entre regiões, 50% dos consumidores do Norte fazem uso da poupança para guardar suas economias, 40% no Nordeste e Centro-Oeste, 39% no Sul e apenas 34% no Sudeste.
Na condição de poupar dinheiro para os filhos, 46% dos consumidores declaram que possuem esse hábito.
Colocada a hipótese de uma situação de emergência, se estes consumidores utilizariam os recursos guardados para os filhos, 62% disseram que utilizariam e 38% recorreriam a outras fontes.
Para 63% dos consumidores que poupam para os filhos, a principal finalidade da aplicação é ajudar com os estudos, faculdade ou cursos extras no futuro, 12% para ajudar com a compra da casa própria, 7% para a compra do carro zero, 4% para apoiar em algum tratamento médico ou de saúde e 14% para outras finalidades.
› FONTE: SPC