Novas técnicas e substâncias garantem resultados mais naturais
Por mais cuidados que se possa ter no dia a dia, a pele do rosto possui uma tendência natural de apresentar marcas: as tão renegadas rugas. Isto se deve ao tempo, à exposição ao sol, movimentos repetitivos e fatores genéticos, além de outros fatores associados. Este processo é resultado da atrofia da derme e do tecido subcutâneo, além de frouxidão de ligamentos da face, que gera uma acentuação das marcas faciais.
Existem duas alternativas mais comuns, entre os procedimentos não cirúrgicos, que podem ser realizados no próprio consultório e com rápida recuperação, para amenizar, retardar ou até mesmo eliminar estas marcas: a aplicação da Toxina Bolulínica ou os preenchimentos faciais. Hoje, os preenchimentos podem ser realizados com diferentes substâncias, garantindo efeitos mais naturais que os deixados por produtos como o, já em desuso, e inabsorvível, polimetilmetacrilato (PMMA). Mas, na prática, como diferenciar os dois tratamentos? E qual deles seria o mais apropriado para cada marca de expressão?
Por mais que ainda encontre alguns questionamentos quanto à sua eficácia e benefícios, a aplicação da Toxina Botulínica tipo A vem se mostrando eficiente desde a década de 80. De acordo com o cirurgião plástico Anderson Saciloto, de Florianópolis, este recurso é o mais indicado para as rugas dinâmicas; ou seja, aquelas causadas e evidenciadas por uma contração ou atividade muscular. “A técnica de aplicação continua a mesma, mas, hoje, individualizamos o tratamento, tentando buscar um resultado mais eficiente e menos artificial, evitando os exageros”, diz.
Minimamente invasiva, a aplicação de toxina botulínica trata marcas de expressão de maneira rápida, sendo injetada em pontos específicos como a testa, sobrancelha (músculos da “brabeza”) e “pés de galinha”. Os efeitos começam a ser percebidos após 72 horas, com efeito pleno em uma semana e durabilidade de quatro a seis meses. O tratamento elimina rugas leves e impede a acentuação das mais profundas. “Quando deixamos de usar um músculo, como quando aplicamos a toxina botulínica, o mesmo perderá tônus e força ao longo do tempo. Então, aplicando sequencialmente, em média duas vezes ao ano, o músculo ficará com menos tônus, e consequentemente menos linhas de expressão ficarão visíveis”, explica o Dr. Anderson Saciloto.
Já o segundo grupo de substâncias, os preenchimentos, são usados para as rugas estáticas, aquelas que mesmo sem ativar a musculatura da face (sem fazer expressões faciais) já estão marcadas e evidentes na pele. Entre elas, as popularmente conhecidas como “bigode chinês”, rugas das “marionetes” nos cantos da boca e o vinco no caminho das lágrimas (depressão das olheiras). “Entre os preenchimentos, as substâncias mais utilizadas são as nominadas absorvíveis, que após determinado período de tempo o próprio organismo absorverá. Neste grupo temos as substâncias derivadas dos ácidos hialurônico e polilático”, explica o cirurgião. Outra aplicabilidade dos preenchimentos está no contorno e volume dos lábios, e também nas depressões da pele, como as deixadas por cicatrizes de acne, traumas e celulites.
Mas, sem dúvida, assim como para as cirurgias plásticas, os procedimentos não invasíveis devem respeitar o bom senso. “Costumo dizer: menos é mais, naturalidade acima de tudo”, alerta Saciloto. Portanto, se você está insatisfeito com a sua aparência, ou gostaria de corrigir algum trauma ou imperfeição na pele, a melhor saída é procurar um especialista na área. Só ele poderá indicar o tratamento mais adequado.
› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)