Movimento no comércio e produtividade das indústrias são afetados e empresários já calculam prejuízos que podem chegar a 80%.
Na Grande Florianópolis, a Capital, São José, Palhoça e Tijucas foram alvos e a população está à margem da insegurança. Para prevenir novos ataques, o Sintraturb (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Urbano) comunicou nesta terça-feira (30/09) que vai paralisar o serviço após às 18h30 até às 6h15 de quarta-feira (1º/10). O Sindicato já havia alertado que caso os atentados voltassem a acontecer tomaria essa medida.
Além de insegurança, os ataques trazem prejuízos à economia catarinense, já que a sensação de medo e o horário reduzido dos ônibus faz com que os empresários tomem medidas, como a dispensa dos funcionários antes do fim do expediente.
A Imperador Calçados, localizada no Kobrasol, opta por fechar o estabelecimento mais cedo quando a situação acontece. “O movimento cai cerca de 80% e como o clima de insegurança predomina, decidimos liberar os funcionários um pouco antes por causa dos horários reduzidos dos ônibus”, afirma a gerente da loja, Arisa de Campos.
Na indústria não é diferente. E o proprietário da empresa Décio Indústria Metalúrgica, Décio Giacomelli, enfrenta dificuldades com a assiduidade dos funcionários. “Quando ocorrem os ataques, os colaboradores costumam chegar mais tarde e precisam sair mais cedo. A produtividade cai significativamente. Além disso, afeta o psicológico de todos, que ficam com medo de sair de casa”, conta.
Para o presidente da AEMFLO e CDL-SJ, Marcos Souza, as ações da criminalidade estão ultrapassando todos os limites, se é que há limites, e apesar das ações da PM de Santa Catarina e das demais forças de segurança do Estado, o pânico está espalhado na sociedade que, acuada, já não sabe o que fazer, para onde ir, o que esperar e como se proteger.
“Registramos nosso profundo respeito e administração pelos homens e mulheres da Polícia Militar e da Polícia Civil do nosso Estado, que arriscam suas vidas diuturnamente para nos proteger, mas é preciso mais”, diz.
› FONTE: AEMFLO