A articulação dos profissionais envolvidos na proteção e tratamento de pessoas vítimas de violência, sobretudo crianças, adolescentes, mulheres, idosos e deficientes, foi tema de debate na manhã desta terça-feira (30) em São José.
O evento, que se estende até amanhã, no auditório do Centro de Educação Municipal Professora Maria Iracema Martins de Andrade, é voltado a servidores e gestores públicos.
Somente no primeiro semestre deste ano, segundo levantamento do governo do Estado, foram registrados 41 estupros e 1334 lesões corporais no município.
A dimensão do problema, entretanto, tende a ser ainda maior, já que grande parte dos casos nem mesmo chegam a ser notificados, destacou a secretária de Segurança, Defesa Social e Trânsito, Andréa Pacheco.
“Por não confiarem na polícia, medo ou mesmo por terem uma ligação de parentesco com seu agressor, mulheres, idosos e, crianças, principalmente, tendem a não realizarem boletins de ocorrência”.
Neste sentido, um dos focos do seminário, disse Andréa, será destacar a importância da notificação da violência doméstica e sexual. “Queremos trabalhar esta questão junto à população para que seja possível formar um mapa mais detalhado da violência na região, o que permitiria direcionar melhor nossos esforços em prevenção e repressão”.
Outro ponto, acrescentou o secretário de Saúde de São José, Luis Antonio Silva, será aprimorar a coordenação do trabalho realizado por médicos, educadores, junto às vítimas de violência. “Devido a sua complexidade e magnitude, a violência precisa ser enfrentada de forma conjunta por estes profissionais, principalmente na identificação e encaminhamento de novos casos”.
› FONTE: ALESC