A Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca divulgou, nesta sexta-feira, 26, a situação das áreas de cultivo de moluscos bivalves no Estado em relação à presença da toxina diarréica (DSP).
Os últimos exames laboratoriais comprovaram que a toxina está presente em Santo Antonio de Lisboa, em Florianópolis, ficando assim proibida a retirada, a comercialização e o consumo de ostras, vieiras, mexilhões e berbigões dessa área de cultivo. As outras 38 localidades do Litoral estão desinterditadas.
Na última semana, a presença da toxina foi detectada também em cultivos de Porto Belo e Balneário Camboriú. Mas os últimos exames comprovaram que os moluscos dessas áreas já estão livres da DSP. Ela é produzida por microalgas que vivem na água, chamadas de Dinophysis, e quando acumuladas por organismos filtradores, como ostras e mexilhões, podem causar intoxicação nos consumidores.
Em Santo Antonio de Lisboa a proliferação das algas causou a interdição da localidade, que será revertida assim que dois exames laboratoriais consecutivos comprovarem que não há a presença da toxina na água ou nos moluscos. Novos exames serão realizados na próxima segunda-feira, 29. Desde a interdição preventiva de todo o Litoral, no dia 22 de agosto, esta é a primeira vez que foi detectada a presença da toxina em Florianópolis.
Os exames são realizados pelo Laboratório Oficial de Análise de Resíduos e Contaminantes em Recursos Pesqueiros - LAQUA-Itajaí-IFSC, a partir de amostras colhidas pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc). Apesar da desinterdição do restante do Litoral, a Cidasc continua coletando amostras para monitorar a presença da toxina diarreica na água e nos moluscos bivalves.
Interdição Preventiva
No dia 22 de agosto, a Secretaria da Agricultura declarou a interdição preventiva das áreas de cultivo de ostras e mexilhões em SC, devido à possível presença de toxinas que causam intoxicação alimentar. Foi comprovada a contaminação nas localidades Paulas, em São Francisco do Sul; de Ganchos de Fora, em Governador Celso Ramos, e no município de Porto Belo.
A interdição de todo o Litoral foi feita para preservar a saúde pública, já que existia a possibilidade de a contaminação dos moluscos bivalves estar ocorrendo de forma generalizada.
No dia 30 de agosto, a Secretaria suspendeu a interdição preventiva das áreas de cultivo de ostras e mexilhões no Estado, permanecendo interditadas apenas as áreas de Porto Belo.
Em 4 de setembro, a interdição se estendeu também para Governador Celso Ramos. Porto Belo teve seus cultivos de moluscos desinterditados no dia 12 deste mês e no dia 19 foram novamente interditados. As áreas de cultivo de Balneário Camboriú permaneceram interditadas do dia 23 a 26 desde mês.
› FONTE: Governo do Estado de SC