foto: 3ª Circunferência promove reflexões sobre transporte sustentável, a mobilidade e o planejamento urbano - Juliana Stadnik/Agência AL
Nesta segunda-feira (22), Dia Mundial sem Carro, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Rede Ritmos das Cidades promovem a 3ª Circunferência sobre Mobilidade Urbana da Grande Florianópolis, no Centro de Cultura e Eventos. A programação inclui várias oficinas e mobilizações em torno do transporte sustentável, a mobilidade e o planejamento urbano.
Para incluir moradores na causa do dia sem carro, o evento promove também a Maratona Intermodal, que desafia as pessoas a se deslocarem até o campus da universidade de maneira alternativa. As iniciativas mais criativas são premiadas com brindes, conforme explica a coordenadora, Cláudia De Siervi.
Inovações e tecnologias para a mobilidade, melhorias no transporte urbano, educação e segurança no trânsito são enfoques da conferência. “Queremos aumentar o nível de informação e debater aspectos como a educação para o trânsito e a necessidade de uma postura mais ativa para melhorar a mobilidade urbana em Florianópolis”, diz Cláudia.
Capital que mais usa carros
Florianópolis tem a maior dependência do uso de carros e motocicletas nos deslocamentos urbanos, em comparação com outras regiões metropolitanas do país. Quase metade da população, 48,71%, usa veículos particulares nas viagens diárias, enquanto 25,9% se deslocam de ônibus e 25,39% fazem seus percursos diários a pé ou de bicicleta. A média brasileira é de 32% nas regiões metropolitanas.
Os dados resultaram de pesquisa preliminar do Plano de Mobilidade Sustentável da Grande Florianópolis (Plamus). Com recursos da ordem de R$ 11 milhões subsidiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Sustentável (BNDES), o plano é coordenado pela SCPar e elabora diagnóstico da mobilidade urbana em 13 municípios da região.
A maior participação do automóvel e da motocicleta no transporte urbano tem relação com a falta de planejamento do transporte coletivo, mas também com as limitações geográficas e obstáculos como mar e montanhas, que dificultam o adensamento populacional, analisa o coordenador do Plamus, Guilherme Medeiros. “A partir do diagnóstico, vamos propor alternativas para priorizar modos mais sustentáveis de transporte urbano, motorizados ou não”.
A origem do movimento
O Dia Mundial sem Carros é um movimento que começou em algumas cidades da Europa nos últimos anos do século 20, e desde então vem se espalhando pelo mundo, ganhando a cada edição mais adesões nos cinco continentes. Trata-se de um manifesto/reflexão sobre os gigantescos problemas causados pelo uso intenso de automóveis como forma de deslocamento, sobretudo nos grandes centros urbanos, e um convite ao uso de meios de transporte sustentáveis – entre os quais se destaca a bicicleta.
› FONTE: ALESC