foto: Divulgação
Com o início do segundo semestre de 2014, o Instituto 50 Sorrisos - projeto que busca ajudar crianças carentes de uma escola em Nairóbi, capital do Quênia, precisa de doações. Atualmente, o instituto funciona com base no programa de doações espontâneas e no de apadrinhamento. Em agosto, novas crianças entraram na escola, e nem todas foram apadrinhadas.
Quando o projeto começou, em 2011, a escola atendia cinquenta alunos, por isso a ONG se chama “50 Sorrisos”. Hoje, a escola já conta com 130 estudantes. O número cresceu devido às melhoras que o projeto trouxe à comunidade. “As crianças recebem materiais escolares, têm professores, água potável, um banheiro. Tudo por causa de padrinhos que ajudam mensalmente com 20 reais”, explica Renatha Flores, voluntária do Instituto.
O programa de apadrinhamento é dividido em quatro modalidades: alimentação, material escolar, higiene e limpeza e infraestrutura. Com três anos de projeto, já é possível ver mudanças na vida da comunidade. “Existe o choque entre a alegria das crianças e o desespero da pobreza e fome que existe na favela. Os otimistas os veem como a esperança. Os pessimistas dizem que é só questão de tempo. Mas, trabalhamos muito para que a mudança e essa evolução ecoe, e continue”, comemora Renatha.
Para apadrinhar uma criança, basta acessar este link.
Projeto Formação de Professores
Simultâneo ao projeto de apadrinhamento, o Instituto 50 Sorrisos mantém o “Formação de Professores. Quando viajou à África, para trabalhar como voluntária, a estudante de Arte Educação da UDESC, Renatha Flores, percebeu que poderia contribuir com a didática dos professores que dão aulas na escola.
“Não imaginei que a alegria deles seria tanta quando falei da ideia do projeto. A Lilian não parava de me abraçar e pular, a Beatrice se iluminou por dentro, e veio toda arrumada para o primeiro dia de aula. Nunca tinha visto eles tão felizes”, lembrou.
Paralelamente à Faculdade de Educação no Quênia, os professores da escola recebem artigos enviados por Renatha. Esse material é organizado por acadêmicos de Educação e História da UFSC e UDESC, e voluntários do projeto. Os professores ainda possuem dificuldade de articular os pensamento, apesar disso, já houve mudança na relação aluno-professor.
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Os alunos da Ngotas Upendo Primary School em atividades
Para dar continuidade ao projeto, Renatha tem investido seu dinheiro. “Faço isso porque acredito, e não me arrependo. Porém é muito difícil, sozinhos não damos conta. A beleza desses projetos está na união de pessoas”, conta.
O Instituto ainda não recebeu doações para fazer o pagamento do segundo semestre da faculdade dos professores, e esse é o mais urgente. Para contribuir com o projeto "Formação de Professores", clique aqui.
Como começou
A estudante de economia, Julia Nogara, deu início à ONG 50 Sorrisos numa viagem para trabalhar como professora voluntária na África. Quando conheceu a escola no Quênia, em terríveis condições, Júlia começou a arrecadar dinheiro com amigos e familiares. Com o valor arrecadado foi possível comprar alimentos, material escolar, uniformes, sapatos e custear a reforma básica da escola.
O Quênia
Os quenianos, assim como a maioria dos habitantes da África Subsaariana, enfrentam problemas socioeconômicos. Conforme dados de 2010, divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU), o país apresenta Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,470, ocupando 128° lugar no ranking mundial, que é composto por 169 nações. Mais da metade da população vive abaixo da linha de pobreza; a subnutrição atinge 32% dos quenianos e a taxa de mortalidade infantil é de 62 para cada mil nascidos vivos.
Por Larissa Gaspar
› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)
