Ibope e Datafolha indicam desaceleração no crescimento da candidata do PSB e ligeira reação da petista. Institutos apontam empate técnico entre as duas no primeiro turno e vitória de Marina no segundo. Avaliação do governo dá sinais de recuperação.
Duas pesquisas de intenção de voto divulgadas na noite desta quarta-feira (3) reforçam o cenário de polarização entre as candidatas Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) e de queda do tucano Aécio Neves na corrida à Presidência.
Apontam também para uma menor diferença entre as duas principais candidatas, com sinais de reação de Dilma e estabilização de Marina. Na pesquisa Ibope, a petista figura com 37% das preferências, enquanto a candidata do PSB tem 33% e Aécio, 15%.
Já o instituto Datafolha indica vantagem mínima da petista em relação a ex-senadora: 35% contra 34%, respectivamente. Nos dois levantamentos, a diferença está dentro da margem de erro, o que configura empate técnico. No instituto daFolha de S. Paulo, o tucano tem 14%.
Segundo a pesquisa Ibope, Dilma recuperou três pontos em uma semana, mas Marina cresceu quatro no mesmo período. A candidata à reeleição aparece à frente, com 37% das intenções de voto, contra 33% da ex-ministra do Meio Ambiente.
As duas estão empatadas tecnicamente, já que a margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.
Já Aécio perdeu quatro pontos – caiu de 19% para 15%. Pastor Everaldo (PSC) segue com 1%. Os demais sete candidatos somam 2%. A exemplo do levantamento da semana passada, Marina desponta como favorita para vencer a disputa em segundo turno.
Na nova simulação, ela tem 46% da preferência; Dilma, 39%. A petista tinha 36% na pesquisa passada, e Marina, 45%. O percentual de indecisos, no primeiro turno, caiu de 8% para 5%. Já os votos brancos e nulos se mantiveram em 7%.
A pesquisa Ibope, encomendada pelo jornal O Estado de S. Paulo e pela Rede Globo, ouviu 2.506 eleitores entre domingo (31 de agosto) e terça-feira (2). A pesquisa, que tem intervalo de 95% de confiança, está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-00514/2014.
Avaliação do governo
A avaliação do governo Dilma teve ligeira melhora na última semana. Em comparação com o levantamento anterior, subiu de 34% para 36% o percentual de entrevistados que consideram a atual gestão ótima ou boa.
E caiu de 27% para 26% o total daqueles que avaliam negativamente a administração. O total dos que acham o governo regular oscilou de 36% para 37%. As variações estão dentro da margem de erro. Em julho, 31% achavam ótima ou boa a gestão de Dilma, e 33%, ruim ou péssima.
A rejeição à petista caiu cinco pontos desde a última semana, de 36% para 31%. O índice dos que não admitem votar em Marina cresceu de 10% para 12%. Os que não aceitam votar em Aécio se mantiveram em 18%.
De acordo com o Estadão, a candidata do PSB tem seus melhores resultados no eleitorado de até 24 anos (37%), com curso superior (37%) e na região Sul (40%). Marina tem o apoio, segundo o Ibope, de 43% dos evangélicos. Dilma, por sua vez, tem melhor aceitação entre eleitores com mais de 55 anos (41%), até quatro anos de estudo (50%) e que vivem no Nordeste (48%).
Já os números do Datafolha sobre avaliação do governo mostram que, se 35% dos entrevistados em 29 agosto disseram considerá-lo ótimo ou bom, a pesquisa atual revela que esse percentual subiu para 36%. Os que disseram considerar o governo regular eram 39% na pesquisa anterior, e agora são 38%.
Os que classificaram como ruim ou péssimo, no levantamento anterior, caíram de 26% para 24%. Nas últimas três pesquisas Datafolha, 1% disseram não saber avaliar o desempenho.
› FONTE: Congresso em foco