A Superintendência de Vigilância em Saúde, por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), informa que a vacina contra o HPV continua disponível em todo o Estado. As meninas entre 11 a 13 anos, que já tomaram a primeira dose em março (há seis meses), podem receber a segunda dose da vacina. Aquelas que ainda não se vacinaram devem procurar uma unidade de saúde e iniciar o esquema de imunização.
A vacina está disponível nos postos de saúde e cada município está definindo as estratégias de vacinação nas escolas. “Recebendo a segunda dose, seis meses após a primeira, a menina já apresenta imunidade contra os quatro principais tipos de vírus HPV causadores do câncer de útero. Daqui a cinco anos será aplicado um reforço, para prorrogar essa imunidade”, explica a gerente de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis e Imunização da DIVE, Vanessa Vieira da Silva.
Para receber as doses, basta apresentar a carteira de vacinação ou o documento de identificação. As meninas que receberam a primeira dose aos 13 anos e que já completaram 14 anos podem tomar a segunda dose. Aquelas que completarem 11 anos devem tomar a primeira dose da vacina.
“Precisamos garantir uma alta cobertura vacinal na aplicação da segunda dose para que as meninas fiquem protegidas até tomarem a terceira dose, que será aplicada cinco anos após a primeira”, ressalta a gerente. Santa Catarina vacinou, de março a julho, 141.133 meninas, o que corresponde a uma cobertura vacinal de 95%. As coberturas alcançadas para as idades de 11, 12 e 13 anos foram, respectivamente, 86,83%, 87,95% e 112,66%.
Câncer de colo do útero
O HPV é um vírus que apresenta mais de 150 tipos diferentes. A vacina distribuída pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é do tipo quadrivalente, que protege contra quatro tipos do HPV (6, 11, 16 e 18). Os vírus HPV 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero.
No Brasil, esse câncer é o segundo tipo mais frequente entre mulheres, causando 4,8 mil mortes por ano. Em 2012, foi a sexta causa de morte entre as mulheres catarinenses. A previsão de incidência deste tipo de câncer para 2014, no Brasil, é de 15 mil novos casos, dos quais 480 em Santa Catarina.
Apesar da alta incidência, o câncer de colo do útero pode ser prevenido por meio da vacinação, do uso do preservativo e da realização do exame preventivo (Papanicolau). O Ministério da Saúde recomenda que o exame Papanicolau seja realizado regularmente a partir dos 25 anos de idade.
› FONTE: Governo do Estado de SC