Sondagens eleitorais indicam que em cinco unidades da federação não haverá troca de partidos que assumirão o poder, segundo levantamento. Pesquisas apontam para o fim do clã Sarney no MA e para o renascimento do carlismo na BA.
Na maior parte das unidades da federação, os partidos que elegeram governantes em 2010 estão sendo derrotados no pleito deste ano, segundo levantamento do Correio Braziliense com base nas pesquisas de intenção de voto recentemente divulgadas. Conforme reportagem publicada neste sábado (30), isso ocorre mesmo nos casos em que o atual governador já se reelegeu, mas dificilmente conseguirá emplacar um sucessor.
“Curiosamente, a disputa deste ano pode ver o sepultamento de uma dinastia e o renascimento de um movimento político ligado a um clã que se imaginava extinto”, diz a reportagem. No Maranhão, após o término do segundo mandato de Roseana, que desistiu de concorrer ao Senado, o clã Sarney parece estar com os dias contados.
Escolhido para disputar a sucessão de Roseana, o peemedebista Edison Lobão Filho está bem atrás de Flávio Dino (PCdoB), que, se eleito, deve pôr um fim a uma hegemonia quase ininterrupta de mais de 50 anos, com exceção ocorrida em 2006, quando o pedetista Jackson Lago se elegeu governador, mas foi cassado em 2009.
Já na Bahia, o carlismo, que deu sinais de vitalidade em 2012, está renascendo, diz a reportagem. Naquele ano, Antonio Carlos Magalhães Neto, o ACM Neto, foi eleito prefeito de Salvador, “contrapondo-se ao argumento de que a disnatia não sobrevive nos meios urbanos, por ser um estilo político entranhado nas classes mais populares”. O cenário baiano indica vitória de Geddel Vieira Lima (PMDB) ao Senado e Paulo Souto como governador, encerrando um ciclo de oito anos do PT no poder estadual.
De acordo com o levantamento do Correio, das 27 unidades da federação, 22 terão, se confirmados os resultados das pesquisas divulgadas até o momento, troca de partidos que darão as cartas nos governos locais a partir do ano que vem. Em apenas cinco delas — Goiás, São Paulo, Paraná, Acre e Rondônia — as mesmas legendas podem continuar no poder. Nos três primeiros casos, o partido é o PSDB. No Acre, o PT e em Rondônia, o PMDB.
“O desejo de mudanças, que eclodiu nas manifestações de rua de junho do ano passado, se mostra uma tendência nas eleições para os governos estaduais”, diz a reportagem.
› FONTE: Congresso em foco