Presentes à abertura do 36ª Encontro Catarinense de Hospitais, realizada na tarde desta quarta-feira (27), em Florianópolis, representantes de hospitais privados e filantrópicos fizeram um alerta sobre o elevado endividamento do setor, que tem colocado em risco o atendimento a milhares de pessoas no estado.
Eles cobraram do governo federal o reajuste da tabela do SUS e a anistia das dívidas tributárias. Uma mobilização nacional neste sentido está programada para o dia 25 de setembro nas principais capitais do país.
Os deputados Darci de Matos (PSD) e Angela Albino (PCdoB) representaram a Assembleia Legislativa no evento, que se estende até o dia 29, no Centro de Convenções Centrosul, e que conta com a promoção da Associação e Federação dos Hospitais de SC, e Federação das Santas Casas.
Situação é considerada insustentável
Em seu pronunciamento, o presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (Fehosc), Hilário Dalmann, qualificou a atual situação das instituições como insustentável. Entre as principais dificuldades, disse, está o congelamento da tabela do SUS. “A cada R$ 1 gasto num procedimento, o SUS só repassa, em média, R$ 0,65. Ou seja, o déficit chega a 54% a cada real recebido. Além disso, o pagamento chega com atraso médio de 60 dias”.
A reivindicação da categoria é por 100% de reajuste, além da anistia das dívidas relacionadas a tributos e ou contribuições junto ao governo, bem como a aprovação do Programa Saúde + 10, por parte do governo federal. As entidades também cobram mais empenho do governo estadual para que sejam destinados recursos para custeio. Eles citam o exemplo os governos gaúcho e paulista, que aportam todos os anos, R$ 250 milhões e R$ 500 milhões, respectivamente, às entidades.
Durante o encontro também foi anunciada uma mobilização nacional do setor em 25 de setembro. Neste dia, os funcionários das unidades filantrópicas estarão usando roupas pretas e atenderão apenas os casos de emergência.
› FONTE: ALESC