Um teste de mobilidade está sendo realizado por 24 horas, nesta quarta-feira (20).
Valorizar a vocação gastronômica, com espaços arborizados e áreas de convívio para a comunidade. Este foi o ponto de partida para o projeto de requalificação da Rua Koesa, no bairro Kobrasol, que está sendo desenvolvido pela Secretaria de Segurança, Defesa Social e Trânsito de São José. Para avaliar os impactos das mudanças, um teste de mobilidade está sendo realizado durante toda esta quarta-feira.
A partir desta quinta-feira (21), a população poderá opinar sobre a proposta em uma consulta pública no site da Prefeitura. Uma audiência pública está marcada para o dia 3 de setembro para discutir o projeto com moradores, entidades e comerciantes.
O foco do projeto é a ampliação dos espaços para o uso da comunidade. Aumentar a largura das calçadas, implantar uma ciclo faixa e urbanizar a via. "Tirar o foco apenas dos veículos, para humanizar a região e tornar a Rua Koesa um atrativo", pontuou a engenheira de tráfego Eliara Porto.
Durante o dia, os carros circularam apenas por uma faixa da via, que foi sinalizada com cones e mudas de árvores. Eliara avalia que a experiência não registrou um grande impacto no trânsito. "Sem as paradas para entrada e saídas, por exemplo, o fluxo seguiu normal na maior parte do tempo", pontuou. A Guarda Municipal também participou do processo, orientando os motoristas.
Na véspera do teste, o projeto foi apresentado para moradores e representantes do comércio local. Também participaram representantes do Ministério Público Estadual e de outras secretarias municipais. O superintendente da Fundação Municipal de Cultura e Turismo, Carlos Eduardo Martins, apresentou um projeto, que será desenvolvido em parceria com o Sebrae-SC, para o desenvolvimento do conceito e identidade da via, além da divulgação.
A Secretaria de Projetos Especiais fará a modernização do sistema de iluminação da Rua Koesas e vias próximas para aumentar a segurança e valorizar local.
Apesar de reconhecer que o projeto é uma ótima opção para o bairro, a principal questão levantada pelos comerciantes é a redução do número de vagas de estacionamento. "Tenho medo que o acesso a loja fique prejudicado com essa iniciativa", avaliou Nézia Mai. Proprietária de um estabelecimento há 18 anos, ela acredita que é preciso deixar o projeto mais funcional para os carros também.
A secretária municipal de Segurança, Andréa Pacheco, destaca que o teste foi realizado justamente para avaliar a questão dos estacionamentos e a fluidez no trânsito. Segundo a secretária, a repercussão da mudança foi bastante positiva, principalmente entre a comunidade.
"Os representantes da AMAKOBRASOL aprovaram o projeto, assim como os integrantes do Conseg da região", assinala Andréa. Durante o dia, parte dos comerciantes também aderiu a proposta, colocando mesas e cadeiras na calçada, criando novos espaços para o atendimento aos clientes.
"A iniciativa é boa, mas naturalmente a mudança traz resistências. Aqui as pessoas estão mais acostumadas a utilizar o carro, mas outra realidade é possível e viável", afirmou o coordenador da Bike Anjo, Vinicius da Rosa. Ele recorda que em outras cidades a falta de conhecimento das pessoas também gerou dificuldades no início. "Com o tempo e um trabalho de conscientização, as pessoas vão entender que esta é uma atitude positiva", finalizou.
Depois de ouvir todos os lados, a Prefeitura fará as adaptações no projeto e o planejamento e, por fim, a execução. Para Atílio Guaspari, é importante encontrar um equilíbrio entre as opiniões. "Sem dúvida é essencial testar e avaliar para ver o que a população vai querer de fato", considerou o morador.
› FONTE: Prefeitura de São José