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Qual a idade certa para a primeira consulta com o ginecologista?

Publicado em 03/09/2013 Editoria: Saúde Comente!


Divulgação/Clínica Livon

Divulgação/Clínica Livon

A adolescência é uma fase de muitas transformações, principalmente no corpo. Descobrir e conhecer essas mudanças é importante e saudável. Hoje, as meninas menstruam mais cedo e pode-se observar que o início da vida sexual também ocorre precocemente. O acompanhamento de um profissional para orientar a jovem é fundamental nesta fase, além do apoio dos pais. A gravidez indesejada não é a única preocupação na adolescência. É importante conhecer e saber como prevenir doenças sexualmente transmissíveis (DST), entre elas o HPV (Papilomavírus humano), um dos maiores vilões desta faixa etária. Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz aponta que uma em cada quatro jovens no início da atividade sexual é contaminada com o vírus que pode causar o câncer de colo de útero.

Além de informar, é necessário educar os jovens. As informações estão disponíveis a todos, mas não são suficientes se eles não souberem aproveitá-las. É preciso que os pais atuem de maneira efetiva na educação sexual de seus filhos, tirando dúvidas, dando conselhos e os encaminhando para o acompanhamento profissional do ginecologista. O médico Daniel Luchesi, ginecologista da Clínica Livon, em Joinville (SC) esclarece as principais dúvidas sobre a primeira consulta.

 

Quando deve ser a primeira consulta?

Dr. Daniel Luchesi - Na verdade, não existe um momento certo para a primeira consulta ao ginecologista. O ideal é que antes de iniciarem as relações sexuais as meninas procurem um ginecologista para exames clínicos e complementares. Posteriormente, médico e paciente podem escolher juntos um método de contracepção, discutir a dupla proteção (gravidez indesejada + DSTs) e como devem ser agendadas as próximas consultas. As meninas após os nove anos de idade já tem a opção de usar as vacinas contra o vírus HPV. Ao contrário do que se imagina, a primeira consulta ao ginecologista não é nenhum “bicho de sete cabeças”. É preciso saber que além de ser importante para garantir a saúde, a visita a esse profissional é uma ótima oportunidade para tirar da gaveta todas aquelas dúvidas que ficam rondando a cabeça, especialmente quando o assunto é sexualidade. A visita também é aconselhada quando há alguns incômodos: cólicas, secreção vaginal, caroços e dores no peito, mudanças na menstruação, entre outros.

 

O que acontece na primeira consulta?

Dr. Daniel - É mais um bate-papo para que o ginecologista possa conhecer o paciente melhor. São feitas perguntas relacionadas a doenças de infância, enfermidades na família, hábitos de vida, primeira menstruação, presença de cólicas e a regularidade dos ciclos menstruais. É essencial sempre dizer a verdade, porque é por meio das respostas que o médico fará uma avaliação correta.

 

O que é dito para o ginecologista, é falado para os pais?

Dr. Daniel - A adolescente, desde que identificada como capaz de avaliar seu problema e de conduzir-se por seus próprios meios para solucioná-lo, tem o direito de ser atendida sem a presença dos pais ou responsáveis no ambiente da consulta. Dessa maneira, é garantida a confidencialidade e a execução dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos necessários, com exceção as situações consideradas de risco - gravidez, abuso de drogas, não adesão aos tratamentos recomendados, doenças graves, risco à vida ou a saúde de terceiros - que tornarão necessária a participação e o consentimento dos pais ou responsáveis.

 

E o exame ginecológico?

Dr. Daniel - Na primeira consulta, o exame ginecológico, quando realizado, é feito de forma distinta. Se a paciente já teve relações, são examinados, além das mamas e do abdome, o útero e ovários através do exame de toque e exame especular (interno). Pode ser um pouco incômodo, mas nunca doloroso.

 

O que é melhor: ir a um médico ou médica?

Dr. Daniel - É fundamental escolher um profissional que a paciente se sinta à vontade e tenha confiança, independente se é um médico ou uma médica.

 

A adolescente deve ir à primeira consulta sozinha ou acompanhada da mãe?

Dr. Daniel - Se a jovem tem menos de 13 anos, é aconselhável que na primeira consulta a mãe ou outro familiar a acompanhe. Quando a procura pela consulta é por vontade própria (geralmente acima dos 15 anos), movida por dúvidas que surgem com o início da atividade sexual (uso de anticoncepcionais, suspeita de gravidez, nódulo nos seios, etc) o fato de não ir acompanhada faz com que o vínculo com o médico seja maior. Mas a decisão de ir acompanhada ou não é da paciente e deve ser respeitada para que ela se sinta confortável e não haja constrangimentos. É claro que devemos sempre lembrar que no começo, pode parecer meio estranho, mas uma visita ao ginecologista vai deixar essa adolescente muito mais segura e confiante. Aos poucos, vai virar rotina.

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

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