O Núcleo de Estudo e Observação Astronômica “José Brazilício de Souza” (NEOA-JBS), vinculado ao Câmpus Florianópolis do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), fará uma observação astronômica da Superlua – a junção da Lua Cheia com o perigeu (ocasião em que a Lua encontra-se mais próxima da Terra - cerca de 356 mil quilômetros).
O grupo irá se reunir na Ilha das Campanhas, entre a Armação e a praia do Matadeiro, a partir das 17h40min (o nascer da lua está previsto para 17h58min – horário de Brasília).
Segundo Alexandre Amorim, coordenador de observações do Neoa, o termo “Superlua” relacionado à astronomia é usado muito recentemente.
A rigor, ele apareceu pela primeira vez em setembro de 1979 na revista Dell Horoscope, num artigo escrito pelo astrólogo Richard Nolle. Naquele texto, Nolle relacionava as fases Nova ou Cheia da Lua com a época do perigeu”. Para fins astrológicos, Nolle considerava a Lua até 90% iluminada, permitindo rotular várias “Superluas” num mesmo ano.
No que se refere à observação e contemplação astronômica, segundo Amorim, é comum rotular a Lua Cheia de perigeu como “Superlua” desde que os instantes da fase Cheia e do perigeu não sejam maiores do que 24 horas.
“Satisfazendo este critério puramente arbitrário, em 2014 teremos três “Superluas”: 12 de julho, 10 de agosto e 8 de setembro. Dentre estas três datas, a do dia 10 de agosto é aquela em que a diferença entre os instantes é menor, apenas 37 minutos”, explica o coordenador.
Desde 2011, o Neoa acompanha as “Superluas” por meio de uma atividade observacional e cronometra o trânsito do disco lunar através de um simples instrumento astronômico. Inclui-se nesta atividade a fotografia da Lua Cheia em momentos distintos, isto é, no perigeu (quando a Lua está mais próxima da Terra) e, seis meses depois, no apogeu (quando a Lua está mais afastada da Terra). A foto em anexo mostra um dos resultados obtidos pela Coordenação de Observações do NEOA-JBS, e nela é possível observar a diferença de tamanho na observação.
› FONTE: Jornalismo IFSC