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Cai o número de famílias catarinenses endividadas em comparação com mês de julho

Publicado em 03/09/2013 Editoria: Economia Comente!


foto: web

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A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência dos Consumidores (PEIC) de agosto de 2013, divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio-SC), revela que, na comparação com julho, o número de catarinenses endividados caiu (86,5%), ficando 2,2 pontos percentuais a menos que no mês anterior, que era de 88,7%.

Ainda segundo o estudo, na comparação anual houve crescimento, de 2,2 pontos percentuais, e as famílias com renda superior a 10 salários mínimos continuam sendo as que mais endividadas (89,7%), comparando com as de renda inferior (85,6%).

Em um cenário geral, o nível de endividamento das famílias apresentou melhora mensal, mostrando queda dos muito endividados (3,7 pontos percentuais), passando de 20,2% em julho para 16,5% em agosto, e dos mais ou menos endividados, que passaram de 45,4% para 50%. Houve queda no percentual dos pouco endividados: de 23,1% para 20%. Por fim, aqueles que responderam não ter dívidas desse tipo somam 13,5%.

Cartão de crédito permanece na liderança

O cartão de crédito permanece na liderança dos agentes no endividamento catarinense. Pelo menos 60,6% dos entrevistados declararam usar essa forma de pagamento nas compras. Em segundo, terceiro e quarto lugar aparecem, respectivamente, os financiamentos de carros (12,2%), os carnês (10,5%) e os financiamentos de casas (10%).

Contas em atraso

Conforme a pesquisa, a quantidade de famílias com contas em atraso também apresentou crescimento na comparação entre julho e agosto. De 25% de famílias com contas em atraso em julho, temos em agosto 29,6%, sendo que a maior parte das famílias (70,4%) não tem contas em atraso.

Outro dado revelado é que o tempo com contas em atraso se concentra acima de 90 dias, representando 52,6%. O período entre 30 e 90 dias é de 13,4% (menor que no mês passado). E o mais curto, até 30 dias, apresenta 33,9%. Em geral, a média de tempo em dias para quitação das dívidas em atraso ficou em 69,5 dias, dado pior do que o apurado no mês anterior (60,5 dias).

Impacto nas vendas do varejo

Para a Fecomércio SC, essa situação problemática do endividamento familiar, alinhada a uma estagnação dos ganhos de renda advinda pela inflação ainda elevada, vem impactando claramente as vendas do varejo, que demonstram um processo de desaceleração. Se o volume de vendas do varejo catarinense crescia 8,5% ao ano em junho do ano passado, em junho deste ano passaram a crescer 2,94% ao ano (últimos dados disponibilizados pelo IBGE).

“Por outro lado, se o varejo vem sentindo o impacto do endividamento em seu volume de vendas, não existe risco de um aumento descontrolado da inadimplência, já que o grau de comprometimento da renda, apesar de denotar preocupação, não apresenta níveis exagerados. Ou seja, o que fica prejudicada é a capacidade das famílias efetivarem novas compras com o recurso do crédito, aprofundando o quadro de desaceleração do crescimento da economia brasileira como um todo, explica o economista da Fecomércio SC”, Maurício Mulinari.

Confira mais dados e a pesquisa na íntegra aqui.

› FONTE: Fecomércio-SC

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