A participação das micro e pequenas empresas no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu e atingiu 27%. O dado inédito foi apurado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) a pedido do Sebrae e repassado com exclusividade ao Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor.
Esse percentual refere-se ao ano de 2011 e representa um aumento significativo em relação a 1985, quando, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os pequenos negócios respondiam por 21% do PIB nacional. A pesquisa da FGV utilizou a mesma metodologia aplicada pelo IBGE naquela ocasião.
61% dos empreendedores tinham pelo menos o segundo grau completo em 2012, ante 43% em 2003. Grande parte do aumento de importância das micro e pequenas empresas ocorreu na última década, já que, em 2001, a participação das micro e pequenas empresas no PIB era de 23,2% do total. O valor gerado por essa parte do setor privado saltou de R$ 144 bilhões em 2001 para R$ 599 bilhões em 2011, um crescimento de 316%.
Esse movimento também pode ser percebido na arrecadação tributária proveniente das micro e pequenas empresas. Em 2008, primeiro ano inteiro que contou com o Super Simples, a arrecadação total advinda dessa parcela do setor privado somou R $ 1,638 bilhão. Em 2013, ela foi de R$ 54,383 bilhões.
A pesquisa do Sebrae também separou a participação dos pequenos empreendimentos no PIB de cada setor. Desta forma, o levantamento revelou que os pequenos estabelecimentos são a maioria no comércio, ao corresponder a 53,4% do PIB do setor. Além disso, eles chegam a 36,3% do setor de serviços e a 22,5% da indústria.
As micro e pequenas empresas já respondem por 52% da mão de obra formal no Brasil e 40% da massa salarial. Esse percentual deve aumentar, já que de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de 2013 e separados pelo Sebrae, as micro e pequenas empresas criaram 839 mil novos postos de trabalho, enquanto as médias e grande empresas fecharam 126,4 mil postos.
› FONTE: Vejamos