A receita catarinense de serviços cresceu 9,1% na comparação com o mês de maio do ano anterior. No acumulado de 12 meses, o crescimento a receita ficou em 11,8%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços divulgada nesta quinta-feira, dia 17, pelo IBGE.
Nos serviços prestados à família, o crescimento catarinense acumulado de 12 meses foi de 10,3%; serviços de informação e comunicação, 12,2%; serviços profissionais, administrativos e complementares, 9,2%; Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio houve aumento de 12,5%; e outros serviços 12,7%.
No Brasil
Em maio, o setor de serviços no Brasil registrou crescimento nominal de 6,6% na comparação com igual mês do ano anterior, a segunda menor da série da variação mês/igual mês do ano anterior dos últimos 12 meses, superior à taxa observada em abril (6,2%) e inferior à de março (6,8%).
Os serviços prestados às famílias cresceram 11,6%, os serviços de informação e comunicação, 4,5%, os serviços profissionais, administrativos e complementares, 7,8%, transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, 7,5%, e outros serviços, 5,6%. No ano, a receita dos serviços acumula alta de 7,7%, a menor desde março de 2013 (7,6%). Em 12 meses, o crescimento foi de 8,2%.
Contribuíram de forma mais expressiva para que o crescimento do setor de serviços em maio se situasse em um patamar superior ao de abril, o resultado de 4,5% observado nos serviços de informação e comunicação, conjugado com a taxa de 7,8% dos serviços profissionais administrativos e complementares.
O segmento de transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio registrou um crescimento de 7,5%, inferior ao observado no mês de abril (8,0%).
Esses três segmentos representam os maiores pesos na estrutura do setor de serviços: serviços de informação e comunicação (35,7%), transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (30,7%) e serviços profissionais administrativos e complementares (20,5%).
Impactos
Para a Fecomércio, o setor de serviços sofre os impactos da desaceleração industrial, que entre abril e maio, caiu -3,2% no Brasil e permaneceu estagnado em Santa Catarina, segundo dados do IBGE. A atividade industrial do país anda junto com uma parcela considerável do setor de serviços.
Mesmo assim, os outros serviços, principalmente os prestados diretamente às famílias ainda apresentam bons números. Isso ocorre em função da inflação elevada do setor - que gira em torno dos 9%, muito acima do teto da meta de 6,5% -, que, por não sofrer concorrência internacional, consegue repassar o aumento dos custos brasileiros para o preço final, o que vem corroendo o poder de compra das famílias brasileiras e catarinenses.
› FONTE: Fecomércio SC