Somente 0,2% dos torcedores precisaram de socorro médico, índice abaixo da média de assistência de outras edições da Copa. Mais de 97% foram resolvidos no próprio local.
Durante os 64 jogos da Copa do Mundo FIFA Brasil 2014, o Centro Integrado de Operações Conjuntas da Saúde Nacional (CIOCS), do Ministério da Saúde, registrou 17.042 atendimentos dentro e fora dos estádios da competição, como no entorno das arenas, fan fests, public views e outros locais de grande concentração de turistas.
Destes, 7.055 atendimentos ocorreram nas arenas, com apenas 192 remoções para unidades de saúde, ou seja, 97,3% dos casos foram resolvidos no próprio local. Somente 0,2% dos 3,4 milhões de torcedores necessitaram de algum tipo de atendimento de saúde durante a Copa. O percentual é menor do que o esperado em comparação com o histórico registrado nas Copas do Mundo realizadas em outros países. A expectativa era de que, nos locais dos jogos, de 1% a 2% dos torcedores necessitassem de algum cuidado médico.
Os dados foram apresentados pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, durante balanço sobre a Copa do Mundo no Brasil, nesta segunda-feira (14), no Centro Integrado de Comando e Controle de Brasília. /Antes mesmo da Copa do Mundo, outros eventos de massa como a Copa das Confederações já apontavam que teríamos condições de executar muito bem essa tarefa.
O grande legado que temos é a capacidade cada vez mais qualificada de uma ação integrada entre ANS, operadoras de planos de saúde, Anvisa, secretarias municipais e estaduais de saúde, sob a coordenação do Ministério da Saúde, para atuar em eventos de massa com qualidade e segurança/, disse. O ministro reforçou ainda que apesar do temor de que o país pudesse vivenciar algum evento emergencial de saúde, não houve nenhuma situação de alerta.
A maioria dos casos atendidos foi relacionada a ocorrências clínicas como dor de cabeça, mal estar súbito, hipertensão, lesões, torções e quedas de baixa gravidade. Nos locais de monitoramento não foi registrada nenhuma notificação de doença transmissível de importância para a saúde pública.
Dos 192 pacientes que estavam nas arenas e tiveram de ser removidos para unidades de saúde de referência, 99,4% receberam alta hospitalar após serem atendidos e medicados. Os dados foram obtidos a partir do monitoramento diário feito pelo CIOCS Nacional em parceria com os centros instalados nas 12 cidades-sede do mundial.
Entre as ações de monitoramento, foram realizadas 8.292 fiscalizações sanitárias em serviços de alimentação, de saúde e em outros locais como instalações sanitárias e abastecimento de água. A maioria das fiscalizações foi de monitoramento de rotina, com o objetivo de evitar a ocorrência de toxinfecções alimentares (adquiridas por alimentos contaminados) e de outros agravos de importância para a saúde pública.
Outra ação realizada durante o mundial foi a campanha “Proteja o Gol”, que promoveu ações de prevenção ao HIV e aids nas 12 cidades-sede, além dos municípios que abrigaram os centros de treinamento. A iniciativa foi promovida pelo Ministério da Saúde em parceria com a UNAIDS (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o HIV e Aids).
Durante os jogos, foram realizadas ações de prevenção, com distribuição de preservativos e panfletos e distribuídos quatro milhões de preservativos. Em oito sedes foram realizados 3.543 testes de HIV em unidades móveis com a identificação da campanha.
› FONTE: Agência Saúde do Governo