Floripa News
Cota??o
Florian?polis
Twitter Facebook RSS

Mercado de trabalho estagnado em Santa Catarina

Publicado em 26/06/2014 Editoria: Economia Comente!


foto: Divulgação

foto: Divulgação

Foram criados 58.836 novos empregos formais em maio no Brasil, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Emprego e Desemprego) disponibilizados pelo Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE). Esta marca é a mais baixa para o mês de 1992. Ano em que o Caged começou a divulgar os números.

Já em Santa Catarina, o resultado permaneceu estável. Aqui, o saldo líquido de vagas ficou em insignificante -1. Este resultado é muito inferior ao do mesmo mês de 2013, quando foram criadas 2.404 novas vagas no estado.

Apenas construção civil e serviços obtiveram saldo líquido positivo no mês. Foram criadas 562 para aquele setor e 1.886 para este. Os demais apresentaram saldo negativo. O setor do comércio perdeu 1.226 vagas; agropecuária: -1.160 e; indústria, grande vilã no âmbito nacional, ficou em -63 vagas.

A baixa criação de vagas está em consonância com os indicadores econômicos. A indústria, que no país eliminou 28.091 vagas, retraiu-se entre janeiro e abril de 2014: -1,2% na comparação com o mesmo período de 2013. Em Santa Catarina, este setor cresceu apenas 0,1% no primeiro quadrimestre do ano. O saldo da indústria no Estado só não foi pior graças ao subsetor de alimentos, que criou 538 vagas no estado, sendo 459 no Oeste catarinense, ou seja, as outras regiões fecharam vagas também neste subsetor.

No comércio, a diminuição no volume de vendas explica a queda na criação de vagas em maio. Por outro lado, o setor que mais criou vagas no Brasil e em Santa Catarina foi o setor de serviços, cuja demanda, especialmente no ramo de alojamento e alimentação (no Estado esse subsetor criou 452 empregos, maioria concentrada na Grande Florianópolis), impulsionado pela Copa do Mundo, contribuiu para evitar uma queda ainda maior do indicador. Entretanto, parte considerável desses novos empregos são temporários e devem se traduzir em demissões tão logo o evento acabe.

Além desses fatores, o comportamento do salário dos admitidos também reforça a desaceleração do mercado de trabalho mostrada pelo Caged. O crescimento da remuneração dos novos contratados com carteira assinada no país, que subiu em média 8% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2013, desacelerou para 6,3% em maio, ficando abaixo, portanto, da inflação em 12 meses medida no período, de 6,37%.

O cenário negativo da economia brasileira, de elevados custos de produção, inflação pressionada e altas taxas de juros, atingiu o último indicador que apresentava vigor: o mercado de trabalho.

A necessidade de reformas estruturais torna-se ainda maior, principalmente no campo tributário e trabalhista. Somente com menos burocracia e menos custos é possível retomar a produtividade da economia, retomando o crescimento econômico e a forte geração de vagas de emprego qualificadas.

 

 

› FONTE: Fecomércio SC

Comentários