Na CPI mista da Petrobras e no Conselho de Ética, faltou gente para trabalhar e depor. Reuniões acontecem em meio a Copa do Mundo e feriado. Alguns parlamentares nem assinaram a lista de presença na comissão.
Ausências marcaram esta quarta-feira (18) no Congresso. Na CPI mista da Petrobras e no Conselho de Ética, faltou gente para trabalhar e até prestar depoimento. As reuniões aconteceram em meio a Copa do Mundo e feriado de Corpus Christi. Ontem, houve jogo do Brasil pelo Mundial de Futebol.
O plenário do Senado serviu só para discursos. O da Câmara, nem isso. A sessão foi aberta e, por falta de quórum, foi encerrada em poucos minutos. Nos corredores do anexo 2 da Câmara, o movimento de pessoas era reduzido, à exceção da parte da manhã, quando o Conselho de Ética se reuniu para não fazer o que estava agendado: ouvir testemunhas.
De fato concreto mesmo, só a CPI da Petrobras no Senado, que tomou o depoimento de um gerente da estatal.
380 requerimentos
A CPI mista da Petrobras cancelou a reunião de hoje para analisar mais de 380 requerimentos. Eram pedidos de informações, documentos e de quebra de sigilos e a expectativa de se discutir procedimentos a serem adotados nas oitivas de testemunhas. Entre os requerimentos que deixaram de ser analisados, estão quebra de sigilos de réus da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, e tomada de depoimentos como o do ministro da Fazenda, Guido Mantega. A próxima reunião será quarta-feira que vem (25).
Só estavam presentes dez parlamentares, um a menos do que o necessário para abrir a sessão. Para tomar qualquer decisão, porém, eram necessários 17 congressistas. A oposição, principal interessada no andamento das investigações, não se fez presente. “Se eles é que realmente tem puxado a CPI, teriam que aparecer”, provocou Humberto Costa (PT-PE).
Da oposição, estavam presentes o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) e os deputados Rubens Bueno (PPS-PR) e Izalci Lucas (PSDB-DF), além de Júlio Delegado (PSB-MG).
Alguns políticos estavam nas imediações e não registraram presença na CPI, como, por exemplo, os deputados Sibá Machado (PT-AC), Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Sandro Mabel (PMDB-GO) e os senadores Humberto Costa e Gim Argello (PTB-DF). Entretanto, mesmo que tivessem assinado, não haveria quórum para decidir nada. “Assinar para não decidir nada?”, justificou Eduardo Cunha ao site após a reunião. Humberto Costa disse que tinha “compromisso no Supremo Tribunal Federal”. Além disso, depois da CPI, ele discursou no plenário do Senado.
› FONTE: Congresso em Foco