Representantes de diferentes entidades e da prefeitura municipal auxiliaram na construção do Plano de Mobilidade Urbana.
A elaboração do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável da Grande Florianópolis (PLAMUS) encerrou os ciclos de oficina no último sábado (7), na Faculdade Municipal de Palhoça, com a presença do prefeito Camilo Martins e membros de entidades e técnicos da prefeitura municipal. Reunindo cerca de 30 pessoas, o evento teve o objetivo de identificar as necessidades de deslocamento de cada comunidade, além de encontrar alternativas por meio de um diálogo aberto e democrático.
Os resultados serão divulgados PLAMUS e encaminhados para análise dos técnicos do Plano, para que as expectativas apontadas embasem o documento final do projeto. Para o prefeito, a oficina vem para melhorar a discussão sobre mobilidade urbana da região. “O plano vai nos permitir ver quais são os reais problemas, para que, futuramente, possamos ter um Plano de Mobilidade integrado entre todos os municípios, que possa ser colocado em prática o mais breve possível, para amenizar e melhorar a mobilidade que hoje é um complicador de origem e destino.”
Uma das conclusões alcançadas com as reuniões foi unânime: há falta de planejamento do setor público com relação à mobilidade. “A comunidade sente na pele os problemas e é a melhor fonte para esse Plano. A ideia das oficinas é justamente ir para a realidade das pessoas. Com elas, identificamos que tanto a sociedade quanto os políticos têm vontade de fazer”, revela uma das organizadoras das oficinas, Daniely Votto, gerente de relações estratégicas da EMBARQ Brasil.
Participantes engajados pela mobilidade urbana de suas regiões, como representantes do movimento Passe Livre, professores, lideranças políticas e presidentes de entidades debateram e contribuíram para buscar resultados comuns. Na opinião do presidente da Associação dos Ciclousuários da Grande Florianópolis (ViaCiclo), Luis Antônio Peters, as oficinas do PLAMUS foram muito positivas e incentivaram certos grupos a extrapolarem as discussões em mobilidade e buscar soluções para outros problemas dos municípios.
“Em São José foram feitas outras reuniões para levar assuntos aos vereadores, por exemplo. O resultado é produtivo. Eu sempre estou presente para lembrar que há uma população que anda de bicicleta e que existe uma demanda de pessoas que gostariam de usar se houvesse condições. Tenho esperanças que o PLAMUS contemple esse modal”, diz ele, que participou das oficinas de Palhoça, São José e Biguaçu.
Robison Baldanza, presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), núcleo Palhoça, participou do encontro no município e levou as ideias da entidade sobre a mobilidade urbana. “O que costumamos discutir no IAB é a questão do transporte marítimo. Os municípios litorâneos perderam sua relação com o mar e isso deve ser resgatado. Além disso, acreditamos que o transporte marítimo pode ser mais rápido e viável”, destaca.
Essas e outras questões levantadas garantiram a pluralidade de opiniões e soluções em mobilidade. Guilherme Medeiros, coordenador geral do PLAMUS pela SC Parceiras, afirma que o processo foi rico e que vivenciar e discutir com a sociedade os problemas foi gratificante. “Foi uma satisfação ver a diversidade de representação de vários segmentos nas oficinas. É muito importante para a leitura da compreensão social do problema. Pudemos perceber que o que o diagnóstico técnico levantou fecha com a percepção da sociedade. Isso quer dizer que caminhamos para uma convergência”, avalia.
De abril a junho deste ano, foram realizadas oficinas com a presença de técnicos municipais e representantes da sociedade civil dos 13 municípios envolvidos no PLAMUS: Anitápolis, Rancho Queimado, São Bonifácio, Angelina, Antônio Carlos, Águas Mornas, São Pedro de Alcântara, Santo Amaro da Imperatriz, Biguaçu, Governador Celso Ramos, São José, Palhoça e Florianópolis. Os resultados apontados servirão de base para o documento final.
O estudo avalia os diversos elementos urbanos que impactam na mobilidade de cada município alvo da pesquisa, orientando o seu desenvolvimento para a criação de cidades mais harmônicas e conectadas entre si, que aproximem as pessoas de suas atividades cotidianas, aumentando a qualidade de vida da região da Grande Florianópolis.
› FONTE: Prefeitura de Palhoça