O Largo da Alfândega, em Florianópolis, foi o espaço escolhido para a realização da XV Feira do Mel. A partir de hoje, 11, até sábado,14, o evento traz para o Centro da Capital 18 expositores de diversas regiões catarinenses que, além de mel puro, também possuem grande variedade de derivados como pólen, própolis, geleia real, cera de abelha, balas, biscoitos e cosméticos.
A maior aposta da feira para estimular as famílias a consumirem o produto continua sendo o preço, nesta edição o pote de um quilo de mel está sendo vendido por R$ 13 - a mesma quantidade no mercado varejista custa em média R$ 22. A abertura oficial aconteceu na manhã desta quarta-feira,11, e contou com a presença do secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Airton Spies.
Quem passar pelo Largo da Alfândega receberá um livreto com mais de 30 receitas à base de mel, todas testadas e aprovadas por apicultoras do estado. Além disso, os visitantes poderão experimentar, gratuitamente, uma massagem facial com sabonete à base de mel, argila e pólen, feita por uma equipe de massoterapeutas. O horário de funcionamento da Feira será das 8h às 18h30 e no sábado das 8h às 14h.
Em Santa Catarina são mais de 30 mil famílias rurais dedicadas à apicultura, possuindo um total de 350 mil colmeias instaladas e uma produção de seis mil toneladas/ano.
Segundo o secretário da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, a apicultura se enquadra no perfil da agricultura catarinense por gerar renda em pequenos espaços e agregar valor à cadeia produtiva.
“Como se sabe o mel é um alimento nobre, de alto valor nutritivo e com altíssima qualidade, que está sendo explorado de forma muito positiva, com profissionalismo, fazendo com que esse produto seja cada vez mais valorizado e agregue valor para nossas propriedades rurais e nas cadeias produtivas”, destaca Spies.
O secretário ressaltou ainda a importância da parceria entre a Secretaria da Agricultura, Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e Federação das Associações dos Apicultores e Meliponicultores de Santa Catarina (FAASC) para pesquisa e extensão rural.
“Essa parceria é um exemplo de como o setor público e privado podem dar as mãos para resolver problemas e não para criar mais problemas, para isso contamos com lideranças que organizam o setor e facilitam o trabalho tanto da pesquisa como da extensão”, afirma.
A Feira do Mel é promovida pela Federação das Associações dos Apicultores e Meliponicultores de Santa Catarina (FAASC) com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri). Na última edição foram comercializadas 38 toneladas de mel e mais de 80 mil pessoas passaram pelo espaço.
De acordo com dados da Confederação Brasileira de Apicultura (CBA), os brasileiros consomem, em média, 128 gramas de mel por ano. Bem menos do que em outros países. Nos Estados Unidos a média é de 1,5 kg por pessoa ao ano e na Alemanha a taxa sobe para 2,2 kg por pessoa a cada ano.
Para o presidente da FAASC, Nésio Fernandes de Medeiros, o baixo consumo do produto em nosso país não é reflexo apenas de uma questão cultural, mas também do alto custo do mel no mercado varejista. “Estamos convencidos de que o alto custo do comércio varejista é o principal motivo para o mel não estar presente na mesa dos brasileiros. A verdade é que a maior parte das famílias não pode pagar aproximadamente R$ 22,00 por 1 kg do produto. Se o valor fosse menor, certamente venderíamos mais”, diz Medeiros.
Santa Catarina já foi líder nacional na produção de mel, mas vem perdendo espaço nos últimos anos. Para reverter esse quadro e incentivar a produção de mel, a Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca lançou um programa de apoio à apicultura que consiste em fornecer aos produtores interessados equipamentos necessários para implantação da atividade na propriedade.
Cada kit terá na sua composição os seguintes equipamentos: seis colmeias, com ninho e dois melgueiras; cera alveolada para seis comeias; formão; dois macacões completos com máscara; dois pares de luvas e um fumegador, cobertura ecológica, arames, esticador de arame, rainha, núcleo Langstoth, alimentador de cobertura, luvas, jaleco.
O valor do kit é de aproximadamente R$ 1.800,00. Ao adquiri-lo, o produtor terá dois anos de prazo para pagamento com parcela anual. Se o pagamento for único, quando do vencimento da primeira, haverá subvenção da ordem de 60% sobre o valor da segunda parcela. Neste caso, o produtor pagará apenas R$ 1.260,00.
› FONTE: Governo do Estado de SC