Renato Araujo/ ABr PMDB deverá exigir mais cargos em eventual segundo mandato de Dilma - Renato Araújo
Michel Temer minimizou dissidência no partido liderada por um bloco independente, que defendia a ruptura com o PT. Para dissidentes, PMDB foi tratado como mero apêndice.
Por 398 votos favoráveis e 275 contrários, o PMDB decidiu – em convenção realizada nesta terça-feira (10), em Brasília (DF) — reeditar a aliança com o PT para a eleição presidencial em outubro próximo. Os peemedebistas confirmaram o apoio à candidatura da presidenta da República Dilma Rousseff (PT) à reeleição, com o vice-presidente Michel Temer (PMDB) na chapa.
Em discurso durante a convenção, Temer minimizou a dissidência no partido liderada por um bloco independente, que defendia a ruptura com o PT. Temer disse que, apesar de ter ouvido que seria traído por muitas das pessoas que declararam que o apoiariam na convenção, estava confiante na reedição da chapa que foi vitoriosa nas eleições de 2010.
Os dissidentes criticam a administração petista, apesar de o partido ocupar a vice-presidência e comandar cinco ministérios e outros órgãos federais importantes, além de cargos de segundo escalão e postos em estatais. Para eles, o PMDB foi tratado como mero apêndice do PT nos últimos anos. Há discordância também em relação à postura dos petistas por priorizarem candidaturas próprias em alguns estados.
Entre as propostas apresentadas pelos peemedebistas durante a convenção para um eventual segundo mandato de Dilma estão o oferecimento de escolas em tempo integral para todas as crianças até a conclusão do ensino médio e a destinação de 10% da receita bruta da União para o setor de saúde, além de uma ampla reforma política. Michel Temer já declarou que, caso a chapa seja reeleita, o PMDB deverá reivindicar mais postos.
› FONTE: Congresso em Foco