Após um punhado de projeções que apontaram efeitos mínimos ou nulos da Copa sobre a atividade do país, estudo conduzido por Bráulio Borges, economista-chefe da LCA Consultores, parte de perspectiva mais abrangente ao olhar para o desempenho das economias que sediaram o evento desde 1982, concluindo que, nesses países, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) registrou aceleração de um ponto percentual, em média, no ano da Copa – o que pode se repetir por aqui.
O impacto pode fazer com que o crescimento do PIB ganhe algum alento, ficando acima de 2% em 2014. Segundo o boletim Focus, do Banco Central, a mediana do mercado para a atividade econômica neste ano aponta alta de 1,4%. Um pouco mais otimista, a LCA espera avanço de 1,8%. São sobre essas projeções, diz Borges, que esse impacto benigno da Copa deve ser considerado.
Borges ressalta alguns fatores que podem trazer fôlego novo à economia. A Embratur aponta a vinda de 600 mil turistas estrangeiros ao Brasil por conta do evento, além de 3,1 milhões de turistas locais, cujos desembolsos devem chegar a R$ 6,7 bilhões.
O número de estrangeiros, contudo, pode ser maior, já que, de acordo com a Embratur, mais de 500 mil turistas estrangeiros já compraram ingressos para a competição e, nos cálculos da entidade, o total desses visitantes que chegam a um país que sedia a Copa ultrapassa em 30%, em média, o número daqueles que compram ingressos para os jogos da competição.
› FONTE: Vejamos