Encontro do Movimento A Indústria pela Educação, da FIESC, foi realizado na manhã desta segunda-feira (02) em São João Batista.
A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) promoveu na manhã desta segunda-feira (2), em São João Batista, encontro com empresários da Grande Florianópolis para estimular o setor a investir na educação.
A conversa foi conduzida pelo presidente da entidade, Glauco José Côrte, que chamou atenção para a mudança estrutural que levou a FIESC a priorizar a educação como fator central para que a indústria possa ganhar competitividade. "Há alguns anos a matéria-prima tinha participação de 70% a 80% na composição dos custos no setor, contra 20% a 30% do trabalho. Hoje isso se inverteu, e a competitividade depende cada vez mais do conhecimento, ou seja, da força de trabalho", disse.
A FIESC atua principalmente em duas frentes: a elevação do nível de escolaridade do trabalhador e a formação profissional. Conforme Côrte, a ideia é valorizar a qualificação técnica, a exemplo do que faz a Alemanha. "O atual cenário decorre do fato de o País não ter dado efetiva prioridade à educação. Não é nem porque gastamos pouco, pois investimos em níveis semelhantes aos dos países desenvolvidos, mas porque não o fazemos bem", afirmou.
Com o Movimento, a indústria já compreendeu que é necessário facilitar o acesso do trabalhador. "Inclusive lançamos uma publicação mostrando exemplos interessantes observados no Estado. Temos indústrias que estão flexibilizando o horário de trabalho, outras que estão oferecendo remuneração diferenciada para quem estuda ou ajudando no transporte", disse.
O vice-presidente da FIESC para a região Sudeste, Tito Schmitt, lembrou que a indústria calçadista, forte na região, é um caso exemplar de segmento que precisa de trabalhadores qualificados para ter competitividade. "Quem não acompanhar as transformações em curso, não só no Brasil, mas no mundo, vai ter problemas no futuro", destacou.
A Grande Florianópolis concentra o maior índice de trabalhadores com escolaridade básica completa no Estado (72%), segundo o Ministério do Trabalho e Emprego. Na indústria, apesar deste índice cair para 61%, o desempenho em relação às demais regiões continua sendo um dos mais altos. Santa Catarina precisará formar 77,4 mil profissionais para atender a demanda por vagas industriais entre 2014 e 2015, de acordo com estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
› FONTE: FIESC