Os dados do primeiro trimestre de 2014 sobre a elevação do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam variação positiva de 0,2% no primeiro trimestre de 2014, em relação aos três meses anteriores. Agropecuária (3,6%) e Serviços (0,4%) cresceram, mas a Indústria recuou 0,8%.
Comparado a igual período do ano anterior, o PIB apresentou crescimento de 1,9% no primeiro trimestre de 2014. O Valor Adicionado a preços básicos cresceu 1,8% e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios 2,4%.
A expectativa é de manutenção do cenário para os próximos trimestres. Os índices de confiança, tanto de empresários quanto de consumidores, estão baixos, impactando diretamente nas decisões de investimento e consumo. Desta forma, a tendência para os próximos trimestres é de manutenção deste cenário de baixo crescimento, fechando o ano com PIB abaixo dos 2%.
Na análise da demanda, a Formação Bruta de Capital Fixo cresceu 4,1%, seguida pelo Consumo das Famílias (2,5%) e pelo Consumo da Administração Pública (2,2%).
No setor externo, as Importações de Bens e Serviços continuam com taxas superiores às das Exportações de Bens e Serviços: 6,8% contra 4,5%, respectivamente. A taxa de investimento no primeiro trimestre de 2014 foi de 17,7% do PIB, abaixo do observado no mesmo período do ano anterior (18,2%). A taxa de poupança foi de 12,7% no primeiro trimestre de 2014 (ante 13,7% no mesmo período de 2013).
Cresceu pouco
O país, no primeiro trimestre de 2014, cresceu pouco. A indústria, com problemas na sua produtividade recuou e segue não apresentando sinais de revitalização do último trimestre para cá.
Essa queda se deve basicamente a má situação do setor automobilístico, que viu suas exportações reduzirem-se com os problemas na Argentina e o consumo interno arrefecer. Portanto, mais uma vez a agropecuária foi o motor do pequeno crescimento observado este trimestre.
O setor de comércio e serviços viu seus números se contraírem devido ao cenário inflacionário no país, associado às altas taxas de juros, à diminuição do crédito e ao crescimento menor da renda. Diante desse panorama difícil, o volume de vendas caiu e os estoques aumentaram.
› FONTE: Fecomércio SC