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Sul na expectativa com possível investimento americano no carvão mineral

Publicado em 26/05/2014 Editoria: Economia Comente!


Investimento norte-americano pode alavancar a indústria carbonífera catarinense. FOTO: Miriam Zomer/Agência AL

Investimento norte-americano pode alavancar a indústria carbonífera catarinense. FOTO: Miriam Zomer/Agência AL

Investimentos na ordem de 3 bilhões de dólares para região Sul do estado podem ser concretizados nesta segunda-feira (26). Uma comitiva catarinense, liderada pelo governador Raimundo Colombo (PSD), com a participação do presidente em exercício da Assembleia Legislativa, Joares Ponticelli (PP), vai tratar, em Nova Iorque, da negociação com a TransGas, empresa global de energia com sede nos Estados Unidos.

A proposta é instalar em Santa Catarina uma planta industrial do grupo para produção de fertilizantes e gás a partir do carvão mineral.

“O governo do estado vem tratando desse mega investimento há dois anos. Estamos na fase final de negociações e vamos pra mais uma etapa. Em junho, os investidores serão recebidos pela presidente Dilma Rousseff (PT)”, comemora Ponticelli. Além de poder gerar cerca de 3 mil empregos diretos, o empreendimento pode alavancar a economia da região carbonífera. “Os investimentos representam mais de meio orçamento anual de Santa Catarina”, comparou.

Raimundo Colombo vê com grande expectativa as negociações com a multinacional. “Eu vou cumprir uma agenda importante para o estado: a construção de uma parceria industrial para o desenvolvimento de uma riqueza catarinense que é o carvão mineral. Podemos transformá-lo em fertilizante, ajudando o Brasil a ser produtor e importar menos, tornando-se mais competitivo o setor”, frisou. Hoje, o país importa 87% dos fertilizantes utilizados nas lavouras.

O deputado Valmir Comin (PP) também integra a comitiva. Presidente da Frente Parlamentar Catarinense em Defesa do Carvão Mineral, Comin vê a oportunidade que conferir valor agregado à cadeia produtiva do carvão mineral. “Além de gerar valor para energia, e cinza para o ramo cimenteiro, nós temos a condição de produzir sulfato de amônia e, a partir daí, liberar fertilizante ou a ureia que importamos da Rússia”.

A planta ainda não tem local específico, mas, segundo especialistas, pode produzir 4 mil toneladas de fertilizante por dia.

Expectativa para o gás
Além disso, há expectativa para produção de gás a partir do carvão, o que complementaria ainda mais o aproveitamento do mineral. O gás pode ser aproveitado pela indústria catarinense, conforme avalia o diretor da Fiesc, Henry Quaresma.

“O contrato com o gás da Bolívia vai até 2019. Há uma preocupação sobre os novos rumos. Por isso, há expectativa por essa negociação. Com as novas tecnologias, o gás a partir do carvão é limpo para ser utilizado na indústria”, explicou Quaresma. A Fiesc mantém um comitê específico sobre carvão mineral.

 

› FONTE: ALESC

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