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Setor Primário de São José: o desenvolvimento da Agricultura e Pecuária em área urbana

Publicado em 21/05/2014 Editoria: São José Comente!


foto: O agricultor Clovis Boaro explica que a hortaliça hidropônica é comercializada com a raiz , o que aumenta a durabilidade - Glaicon Covre

foto: O agricultor Clovis Boaro explica que a hortaliça hidropônica é comercializada com a raiz , o que aumenta a durabilidade - Glaicon Covre

Equipe da Fundação Municipal do Meio Ambiente está realizando levantamento da produção desenvolvida no Município.

Dando continuidade ao levantamento das atividades primárias desenvolvidas em São José, a equipe da Fundação Municipal do Meio ambiente visitou mais três setores que fazem parte do grupo que contribui para a economia do município: agricultura orgânica, a agricultura hidropônica e a pecuária.

 O objetivo das visitas é entender como cada atividade funciona e desenvolver uma identidade diferenciada para o setor no município. O superintendente da Fundação Municipal do Meio Ambiente, Eduardo Bastos, explica que a proposta é criar um Selo de Inspeção para que os produtores possam vender seus produtos em São José com garantia e qualidade.

Segundo Bastos, a Prefeitura também está em contato com a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e com a Companhia Integrada Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) para que estes órgãos possam colaborar com mapeamento completo de todo o setor primário do município. “Queremos dar uma identidade para o setor primário e também precisamos entender como o setor funciona, já que muitos desses produtos são vendidos nas feiras livres do município”, explica Eduardo.  

O resultado do mapeamento, também poderá ser utilizado na elaboração de novas políticas para o desenvolvimento destas atividades. O primeiro setor visitado foi o da maricultura.

A segunda etapa de visitas foi iniciada pelo setor da agricultura orgânica, referência no município na propriedade de Claudio e Eliana Hoffmann, no bairro Forquilhas. São considerados produtos orgânicos aqueles cultivados sem o uso de substâncias como fertilizantes sintéticos solúveis, agrotóxicos e transgênicos. Na propriedade são produzidas hortaliças como alface, beterraba, espinafre, mostarda, cenoura, manjericão, couve folha, couve flor, cebolinha, salsinha, entre outros. A produção é estimada em 55.436 unidades, totalizando uma renda de R$ 243.394,00 por ano.

Segundo o técnico da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), Irineu Antonio Merini, a atividade praticada em São José é conhecida como agricultura urbana, desenvolvida em uma área localizada dentro da cidade.

Merini destaca ainda que a agricultura orgânica exige muita mão de obra, pois não é permitido usar nenhum produto químico, além da utilização de adubo orgânico. Tudo o que é comercializado na propriedade de Claudio é vendido com nota de produtor rural para supermercados. O controle das vendas é feito pela Prefeitura Municipal através do Sindicato Rural de São José.

Na Pecuária, a propriedade visitada foi a do produtor Oscar Nazareno de Sousa e Nilza Coan Marcelino. Eles possuem 113 cabeças de bovinos, totalizando renda de cerca de R$ 85.600,00 por ano. O pecuarista também é o único no município que trabalha com inseminação artificial e está tentando parceria para retomar o projeto que viabiliza o material genético para os criadores, beneficiando assim a produção.

“Com este programa nós teremos melhoramentos genéticos a nível mundial, tendo o sêmen dos melhores touros e conseguindo melhores bezerros, melhor qualidade do leite, crescimento mais rápido do bovino, melhor qualidade da carne, entre outros benefícios” explica Oscar.

Representando o setor de agricultura hidropônica, a equipe esteve na propriedade de Clovis e Wilma Boaro. No local, são produzidas hortaliças como alface, rúcula, salsinha, cebolinha, agrião, entre outros. Clóvis explica que a produção é feita em quatro etapas: germinação, berço, intermediário e definitivo.

Os produtos são vendidos a varejo e também para supermercados da região, todos com nota de produtor rural. “A vantagem da produção hidropônica é que a folha já vai para o consumidor limpa e também dura mais por causa da raiz”, explica Clóvis.  Na propriedade, são produzidas 5.211 unidades de hortaliças por ano, somando renda de cerca de R$ 4.616,00.

Para o superintendente da Fundação Municipal do Meio Ambiente, Eduardo Bastos, além de contribuir com a cadeia econômica do município, gerando emprego e renda, estas atividades também geram um ganho ambiental. “É importante ter estes espaços verdes dentro da cidade, pois as áreas de cultivo ajudam a regular o microclima e também ampliam área de infiltração de água”, destaca Eduardo.

 

 

 

› FONTE: Prefeitura de São José

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