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Estrutura que vai proteger o radar meteorológico começa a ser montada em Lontras

Publicado em 16/05/2014 Editoria: Geral Comente!


Foto: Divulgação Defesa Civil

Foto: Divulgação Defesa Civil

A radome, estrutura em forma de bola que vai proteger o radar meteorológico, está sendo montada em Lontras, no Alto Vale do Itajaí. A montagem é no espaço do heliponto.

Depois de pronta, a radome será içada para o topo de uma torre de 25 metros de altura, que sustentará o radar e a proteção. A bola terá 4,2 toneladas, é feita de fibra de vidro, tem 10 metros de altura e 12 de diâmetro. Para fixação de cada "gomo", são usados parafusos em aço inoxidável e para a vedação será usado silicone.

A montagem é coordenada pelo diretor de Projetos Especiais da Defesa Civil de Santa Catarina, Emerson Neri Emerim. Segundo Emerim, a radome é fundamental para a proteção dos equipamentos. “Depois de pronta, a radome será içada com um guindaste, junto com o radar. Isso deve acontecer daqui a 10 dias”, explica Emerim.

Além do diretor de Projetos Especiais, participam da montagem dois técnicos norte-americanos, que vieram para o Brasil para participar exclusivamente de todo processo de instalação do radar meteorológico e dois técnicos da empresa brasileira, que foi responsável pela venda do radar no Brasil.

O radar foi construído nos Estados Unidos, mas a radome veio da China. As peças foram transportadas de navio até o Brasil e levadas de carreta até Lontras.

Radar

O radar será responsável pela cobertura de 77% do território catarinenses. Isso significa que cerca de 190 municípios do Estado serão monitorados constantemente. O Governo já pensa em uma saída para a faixa da região Oeste, que ficará de fora do alcance do radar.

Um novo equipamento deve ser instalado na região através do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). O novo radar será fornecido pelo governo federal, enquanto as despesas com operação e manutenção ficam a cargo do Estado. Segundo a Defesa Civil, ao local para a instalação, assim como os prazos, ainda não foram definidos.

O radar de Lontras poderá prever, com até três horas de antecedência, quando, quanto e onde irá chover, além de ocorrências de granizo e tempestades com ventos fortes e a intensidade desses fenômenos. O radar será operado remotamente, sendo que todas as informações serão enviadas para uma central que funcionará na sede da Defesa Civil, no bairro Itacorubi, em Florianópolis.

O equipamento ficará a cerca de 900m de altitude na área rural do município de Lontras. Ele será colocado sobre uma torre, no alto da serra que leva a Presidente Nereu. A obra começou em setembro de 2013.

São cerca de 600 toneladas de concreto só na base para suportar a ação do vento e sustentar toda estrutura, composta pela edificação de oito andares, com 25 metros de altura, e pela radome.

O Estado está investindo R$ 5,5 milhões, do Fundo Estadual da Defesa Civil, para a compra do radar. Também foram destinados R$ 2,4 milhões para a construção da torre em Lontras e R$ 106 mil para supervisão e projeto da estrutura que irá abrigar o equipamento.

O aparelho vai permitir o acompanhamento do clima 24 horas por dia em Santa Catarina. A tecnologia oferece uma margem de tempo de até três horas de antecedência. Numa situação de risco, a população poderá ser alertada com tempo hábil para se proteger ou para que as áreas possam ser evacuadas.

Operação

Em Santa Catarina, Epagri/Ciram e Defesa Civil irão operar conjuntamente o radar meteorológico. A equipe irá utilizar os dados do radar para elaborar e emitir os avisos meteorológicos de curtíssimo prazo para a Defesa Civil, agilizando as tomadas de decisão na prevenção, preparação e resposta aos desastres.

Quando começar a operar, o equipamento terá condições de fazer varreduras completas em todas as elevações e, consequentemente, enviar dados meteorológicos a cada oito minutos.

Plano de prevenção

O radar meteorológico faz parte da primeira fase do plano de prevenção e mitigação de desastres naturais em SC, uma parceria entre Governo do Estado e governo federal.

Entre as outras obras incluídas nesta etapa, estão ainda a construção de novas barragens de pequeno porte no Alto Vale do Itajaí e ampliação das barragens de Taió e Ituporanga, também no Alto Vale. No final de 2013, foi oficialmente autorizado o início das obras em Taió e Ituporanga, que devem ser concluídas no prazo de até 18 meses (até maio de 2015).

Em caso de novas enchentes, a previsão é de que, com as ampliações concluídas, as melhorias permitam reduzir consideravelmente o nível da água em relação ao que ocorreria com a estrutura atual. As obras desta primeira fase somam investimentos de cerca de R$ 600 milhões, sendo metade do governo do Estado e metade do governo federal. Com as próximas duas etapas previstas, os investimentos sobem para mais de R$ 1 bilhão.

 

 

 

› FONTE: Governo do Estado de SC

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