Enquanto Vital do Rêgo (PMDB-PB) vai presidir a comissão, o líder do governo no Congresso, José Pimentel (PT-CE), será o relator das investigações na estatal.
A CPI da Petrobras formada só por senadores será presidida por Vital do Rêgo (PMDB-PB). Ele foi eleito pelos colegas da comissão. Para ser o relatoria, Vital escolheu o líder do governo no Congresso, José Pimentel (PT-CE). Os dois foram escolhidos para as duas principais funções da comissão de inquérito nesta quarta-feira (14), quando a CPI foi instalada.
São quatro os objetivos da apuração: denúncias de irregularidades ou prejuízos na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, avalizada pela presidente Dilma Rousseff, acusações de suborno por parte da fabricante de navios holandesa SBM, avaliação de superfaturamento na refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, e supostas falhas de segurança no lançamento de plataforma de petróleo.
No lado governista da comissão, estão: Valdir Raupp (PMDB-RO), Humberto Costa (PT-PE), Aníbal Diniz (PT-AC), Ciro Nogueira (PP-PI), Acir Gurgacz (PDT-RO), Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP) e Gim Argello (PTB-DF). A oposição se recusou a indicar nomes porque defende uma CPI mista, com a participação também de deputados.
Uma nova reunião da CPI hoje deve definir o cronograma de trabalho. Vital está preocupado com a proximidade das eleições e da Copa do Mundo, o que pode atrapalhar o andamento dos trabalhos. “Vamos trabalhar sem nenhuma perda de tempo”, disse o senador. “Vamos ocupar todo nosso calendário, toda nossa energia para cumprir esse mister”, declarou.
Chances
A instalação da CPI no Senado reduz a possibilidade de a comissão parlamentar de inquérito mista (CPMI) sobre o mesmo tema, defendida pela oposição, sair do papel. Uma vez que a CPI estiver instalada, terá preferência sobre a comissão mista, que está em estágio menos avançado no Congresso.
Na última quarta-feira (7), Calheiros pediu aos líderes partidários a indicação de nomes para a CPMI. Pelo regimento do Congresso, os partidos têm até cinco sessões ordinárias da Câmara para repassar os nomes. Desde então, houve apenas duas sessões com quórum mínimo de 51 deputados. PT e PROS ainda não escolheram os parlamentares para a CPI mista.
› FONTE: Congresso em Foco