Nos últimos anos, a cidade de Florianópolis vem sofrendo com os recorrentes impasses envolvendo o transporte público.
Todo o ano a situação se repete, no momento de negociação salarial da categoria dos cobradores e motoristas, as paralisações de um serviço essencial da cidade interferem diretamente na vida da população. Além disso, o impacto no comércio também é notável.
Nos últimos dois anos, as sondagens realizadas pela Fecomércio mostraram o tamanho deste impacto na atividade produtiva que mais gera empregos no Estado. Em 2012, a sondagem feita com comerciantes da Capital mostrou que a paralisação dos cobradores e motoristas de ônibus – que durou três dias naquele ano – causou uma queda de 53% no movimento das lojas. Ao todo, 23% dos funcionários do comércio se ausentaram do serviço e outros 25,5% chegaram atrasados aos locais de trabalho.
Em 2013, com paralisação total de um dia, a situação se repetiu. Queda de 58% no movimento, um percentual de 35% de faltas entre empregados e 84% dos empresários dizendo que seus funcionários chegaram com atraso ao trabalho.
Com o início das paralisações na quinta-feira (08/05), o cenário se repetiu.
Entretanto, é importante ressaltar que os problemas no transporte público na Grande Florianópolis não ocorrem apenas durante os períodos de negociação salarial dos motoristas e cobradores, mas são recorrentes durante todos os dias do ano.
A falta de mobilidade na Região Metropolitana traz impactos diários na perda de produtividade e na dificuldade de qualificação da mão de obra, ou seja, mais do que resolver o atual impasse, o problema da mobilidade como um todo deve ser enfrentado, dando melhor qualidade de vida à população e maior crescimento econômico para a região.
› FONTE: Fecomércio SC