A Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza entra na reta final e encerra-se na próxima sexta-feira, 9. Até o momento, mais de 813 mil pessoas foram vacinadas, segundo os registros da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Com isso, Santa Catarina se mantém líder no ranking nacional, com o índice de 53% de cobertura vacinal, seguida do Paraná (49%) e do Rio Grande do Sul (47%).
Do total de pessoas vacinadas no território catarinense, 652 mil fazem parte dos grupos prioritários, que incluem crianças de seis meses a menores de cinco anos, gestantes, trabalhadores de saúde, puérperas, idosos e indígenas. As demais 161 mil pessoas imunizadas pertencem ao grupo de portadores de doenças crônicas. A meta é imunizar 1, 4 milhão de pessoas até o final da campanha.
Até o momento, Santa Catarina alcançou uma cobertura de 53% dos grupos prioritários. O grupo de idosos e puérperas obteve o melhor resultado parcial, alcançando 60,1%. Em seguida vem o grupo das crianças e gestantes, com resultado de 39,4%, seguido dos trabalhadores de saúde, com 38,2% de cobertura vacinal.
“Estamos satisfeitos com os resultados conseguidos até o momento, e continuamos confiantes de que a meta de 80% será superada até o término da campanha”, ressalta a gerente de Vigilância de Doenças Imunopreveníveis e Imunização, Vanessa Vieira da Silva.
Preocupação
A preocupação no momento, segundo Vanessa Vieira da Silva, é com o baixo percentual de imunização dos portadores de doenças crônicas. A estimativa é que existem mais de 469 mil catarinenses portadores de diferentes doenças crônicas. No entanto, apenas 161 mil (34%) tomaram a vacina.
Esses pacientes são os que mais têm possibilidade de, ao contrair gripe, evoluir para quadros mais graves, inclusive com risco de óbito. “É fundamental que todos procurem os postos de vacinação para garantir que estarão imunizados antes do início do Inverno”, observa Vanessa.
Ela lembra que a vacina leva até 15 dias para conferir imunidade. “Portanto, quando mais cedo as pessoas desse grupo se vacinarem, mais cedo estarão protegidas”, complementa a gerente.
A Vigilância Epidemiológica faz também um alerta para que as gestantes tomem a vacina. Em 2009, durante a pandemia de Influenza A(H1N1), grande parte das complicações e mortes por gripe ocorreram em gestantes. “É importante que todas busquem proteção. A vacina é segura tanto para a gestante quanto para seu filho”, reforça Vanessa Vieira da Silva.
Reta final
A campanha iniciada no dia 22 de abril segue até a próxima sexta-feira, 9. Devem se vacinar contra a gripe as crianças com seis meses e menores de cinco anos (quatro anos, 11 meses e 29 dias), trabalhadores da saúde, gestantes, indígenas, idosos, pessoas com doenças crônicas e outras condições clínicas especiais e mulheres no puerpério (até 45 dias após o parto).
Crianças que estejam tomando a vacina pela primeira vez devem tomar a segunda dose da vacina da gripe um mês depois da primeira dose.
Os pais devem levar a carteira de vacinação das crianças. Os adultos também devem levar a carteira de vacinação, mas a ausência desta não impede de tomarem a vacina. Os profissionais de saúde devem apresentar a carteira profissional e as mulheres o comprovante de puérperas. Os doentes crônicos podem vacinar-se levando a receita médica.
Categorias de risco clínico com indicação para vacina contra influenza:
Doença respiratória crônica;
Doença cardíaca crônica;
Doença renal crônica;
Doença hepática crônica;
Doença neurológica crônica;
Diabetes;
Pacientes imunodeprimidos;
Obesos;
Transplantados;
Portadores de trissomias: Síndrome de Down, Síndrome de Klinefelter, Síndrome de Wakany, dentre outras.
› FONTE: Governo do Estado de SC