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PT quer o monopólio da esquerda, diz ex-petista

Publicado em 21/04/2014 Editoria: Política Comente!


Rands:

Rands: "Vários partidos são legatários dos valores da esquerda. Somos parte".

Ex-líder do PT e um dos coordenadores de Eduardo Campos, Maurício Rands afirma que conquistas do governo Lula começam a “derreter”. Ele minimizou a presença de ex-integrantes do DEM na “nova política” e irregularidades no porto de Suape.

Em meados de 2012, o advogado Maurício Rands anunciou sua desfiliação do PT e renunciou ao mandato de deputado federal. Na época, alegou autoritarismo por parte da cúpula do partido em que militou por 32 anos.

Nas eleições municipais daquele ano, ele queria ser indicado pelo PT para disputar a prefeitura de Recife (PE). Perdeu a prévia para o então prefeito da capital pernambucana, João da Costa, que pretendia tentar a reeleição. Marcada por questionamentos, a prévia foi anulada e uma nova chegou a ser marcada.

No entanto, Rands desistiu e deixou o caminho livre para a candidatura do senador Humberto Costa, nome preferido pela executiva nacional do partido. E declarou apoio a Geraldo Júlio (PSB), que ganhou a eleição Na mesma ocasião, Rands também entregou o cargo de secretário que ocupava no governo de Pernambuco, então comandado por Eduardo Campos (PSB).

Líder do PT na Câmara na gestão do presidente Lula, Maurício Rands se filiou ao PSB em outubro do ano passado. Vai ser um dos coordenadores da campanha de Eduardo Campos à presidência da República. Com a  socióloga Neca Setúbal, indicada pela Rede [partido que a ex-senadora Marina Silva tentou criar], ele deve se dedicar ao programa de governo da chapa presidencial.

Após a solenidade em que Marina Silva foi confirmada como pré-candidata a vice-presidente na chapa encabeçada por Eduardo Campos na segunda-feira passada (14), Rands – em entrevista ao Congresso em Foco – criticou as campanhas eleitorais de 2010 e afirmou que “o PSB e a Rede são partidos do campo da esquerda e não têm a arrogância de pretender dizer que detêm o monopólio dos valores de esquerda”. E alfinetou o PT: “Alguns às vezes se arvoram em querer deter o monopólio dos valores políticos”.

“Vários partidos são legatários dos valores da esquerda. Somos parte da esquerda”, continuou o ex-petista. Ele rebateu a acusação do ex-presidente Lula de que Eduardo Campos estaria se virando à direita. “Quem está querendo o debate do futuro, com a juventude, com as forças dos movimentos sociais, não pode ser caracterizado como de direita”, rebateu.

Rands minimizou a presença de políticos vindo do DEM no partido, como Heráclito Fortes, que deve sair como candidato a deputado federal este ano, e Paulo Bornhausen. “Esse novo pacto não vai discriminar. Todos queiram discutir um novo projeto para o país podem se incorporar, sem preconceitos”.

Ele avaliou que conquistas do governo de Lula estão começando a ficar em risco sob a gestão da presidente Dilma Rousseff. “Começou a patinar na condução da economia, não modernizou a administração. Nas áreas em que mais tinha conhecimento -  energia -, não conseguiu avançar”, diz.

O ex-líder do PT ainda diz que sua antiga legenda parou no tempo e no conservadorismo. “O partido perdeu capacidade de se renovar e se acomodou com pacto político tradicional.”

 

 

 

› FONTE: Congresso em Foco

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