A presença de servidores da Fundação Catarinense de Cultura (FCC) e da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte (SOL) nas galerias do plenário repercutiu nos pronunciamentos realizados na sessão ordinária da manhã desta quinta-feira (3). Em greve desde o dia 13 de março, as categorias reivindicam correções salariais e reformas nas políticas públicas para o setor cultural.
Ana Paula Lima (PT) afirmou que a situação acontece devido à forma “discriminatória” com que o governo vem tratando os diversos segmentos do funcionalismo público estadual. Enquanto algumas categorias foram contempladas pelo pacote salarial enviado pelo Executivo no final do ano passado, outras ainda estão na perspectiva por reajustes. “Há muito tempo o governo não abre as portas para o diálogo com estes servidores, por isso eles se fazem presentes aqui.”
Gilmar Knaesel (PSDB) observou que a defasagem salarial da categoria já é do conhecimento dos parlamentares há muitos anos, problema que tentou equacionar com a inclusão de emendas aos projetos do governo. “Na ocasião apresentamos emendas para, pelo menos, encurtar o espaço necessário a obtenção das gratificações voltadas à categoria. Infelizmente, não obtivemos êxito”, lamentou.
Já a deputada Angela Albino (PCdoB) declarou estar intrigada com o fato de que o governo catarinense, mesmo contando com um dos maiores orçamentos voltados ao setor cultural entre todos os estados brasileiros, ainda não conte com uma política específica para o setor. A situação, disse, permite a liberação de recursos para todos os tipos de eventos, alguns deles curiosos e controversos. “Até uma corrida de autorama já foi contemplada com recursos destinados à cultura”, disse.
› FONTE: ALESC