A ação da Polícia Federal no campus da UFSC na tarde desta terça-feira (25) para reprimir o consumo e o tráfico de maconha no chamado “bosque do Planetário”, localizado atrás do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) e ao lado do Núcleo de Educação Infantil (NDI), repercutiu na sessão ordinária da tarde desta quarta-feira (26).
Angela Albino (PCdoB) afirmou que a reitoria “construiu junto com o delegado da Polícia Federal a ação policial”, classificou a ação da reitoria de inábil, acusou os policiais de truculentos e provocativos e criticou a iniciativa dos estudantes de ocupar a reitoria para fumar baseados no hall. “A UFSC virou um território livre para o uso de drogas e precisamos combater isso”, defendeu.
Luciane Carminatti (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, que foi chamada pela reitoria para auxiliar a serenar os ânimos, também criticou a ação policial, principalmente o delegado responsável.
“Em nenhum momento os estudantes se opuseram ou resistiram em ir à delegacia e responderem por seus atos, tentamos de toda forma dialogar, principalmente com o delegado da PF e não obtivemos sucesso, infelizmente alguns policiais que conduziam a ação não foram sensíveis ao diálogo”, relatou Carminatti, lamentando que a PF tenha colocado em risco as crianças da creche da UFSC.
“Os gases atingiram crianças”, revelou, aludindo as bombas de gás lacrimogêneo e o uso de spray de pimenta por parte da polícia.
Sargento Amauri Soares (PSOL) ironizou a ação da PF. “O uso de drogas na universidade existe desde que a UFSC existe. A PF foi lá dar batida em maconheiro, com tanto avião e navio carregado de drogas por aí”, ponderou. Já Maurício Eskudlark (PSD) lamentou que a UFSC tenha se tornado “área livre para o consumo de drogas” e propôs a expulsão dos estudantes flagrados consumindo maconha.
› FONTE: ALESC