Em 2005, empresas ligadas a Marcos Valério foram à Justiça cobrar do PT pagamento de empréstimos bancários - Divulgação
Baseada em decisão do Supremo no mensalão, juíza do Distrito Federal diz que empréstimos supostamente contraídos por empresas ligadas ao empresário a pedido de petistas eram fictícios.
A Justiça do Distrito Federal isentou o Partido dos Trabalhadores (PT) de pagar uma dívida de R$ 100 milhões em empréstimos supostamente tomados por empresas ligadas a Marcos Valério Fernandes em bancos que abasteceram o esquema do mensalão. Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a juíza Iêda de Castro Dória considerou fictícios os empréstimos contraídos entre fevereiro de 2003 e outubro de 2004 nos bancos BMG e Rural.
A decisão, tomada em fevereiro, foi baseada no julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que condenou Marcos Valério, seus antigos sócios, integrantes do PT e diretores do Banco Rural por crimes como lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta e evasão de divisas ao concluir que os empréstimos eram fraudulentos.
De acordo com a reportagem de Ricardo Brito, a magistrada argumentou que não se pode questionar na Justiça comum “fatos já examinados e julgados”. Iêda condenou as empresas a pagarem as custas processuais e os honorários dos advogados do PT, estipulados em R$ 50 mil.
As empresas SMP&B, Graffiti Participações e Rogério Lanza Toledo e Associados foram à Justiça, em dezembro de 2005, após o mensalão vir à tona, cobrar do Partido dos Trabalhadores operações feitas com os bancos Rural, no valor de R$ 55,9 milhões, e BMG, no valor de R$ 44,1 milhões, alegando que havia contraído os empréstimos a pedido de dirigentes petistas
› FONTE: Congresso em Foco