A prefeita Adeliana Dal Pont comemorou os 264 anos do Município destacando a força do povo josefense - Glaicon Covre
A data foi celebrada também com missa e a inauguração do engenho no Museu Histórico.
O município de São José completou 264 anos nesta quarta-feira, dia 19 de março. A celebração da data foi realizada no Centro Histórico, no mesmo local onde, em 1750, desembarcaram os primeiros casais açorianos que fundaram o povoado de São José da Terra Firme.
A comemoração do aniversário começou com a missa em homenagem ao padroeiro do município, celebrada pelo padre Wanderley Calça, no Salão Paroquial da Igreja Matriz. Participaram da missa a prefeita Adeliana Dal Pont, o vice-prefeito José Natal Pereira, secretários municipais, o presidente da Câmara de Vereadores, Sanderson de Jesus, além dos vereadores Orvino Coelho de Ávila, Sandra Martins e Moacir da Silva.
Na sequência, todos foram convidados para ir até o coreto da Praça Hercílio Luz, onde foi realizado o corte simbólico de um bolo, ao som de “Parabéns para você” interpretado por músicos convidados pelo maestro José Ribeiro. A prefeita Adeliana Dal Pont entregou o primeiro pedaço de bolo para a filha do vice-prefeito, Lorena, representando as futuras gerações.
Para a superintendente da Fundação Municipal de Cultura e Turismo, Elenita Gerlach Koerich, é significativo escolher o Centro Histórico como palco para as comemorações do aniversário de São José. “É importante para que as pessoas conheçam e valorizem nosso Centro Histórico. A administração vem trabalhando para que a cidade resgate este espaço e um exemplo é o concurso para a escolha do projeto arquitetônico de revitalização, que será divulgado na próxima terça-feira (25)”, afirma Elenita.
O presidente da Câmara, Sanderson de Jesus, lembrou que o aniversário é um dia especial para agradecer àqueles que fizeram e que fazem por São José. “Também é uma oportunidade de reflexão sobre o que ainda se pode fazer. A responsabilidade é grande, mas também não falta força para trabalhar pelo município”, assinalou o vereador.
Adeliana Dal Pont iniciou sua fala destacando que é um orgulho ser prefeita de São José. “A cidade celebra hoje 264 anos de história construída com muita força pelo povo josefense, pelo povo que nasceu ou que foi acolhido por esta terra. Não estamos medindo esforços para fazermos de São José uma cidade melhor e estamos cumprindo nosso compromisso de cuidar das pessoas que mais precisam”, afirmou a prefeita.
Homenagem e história
Após o corte do bolo, as atenções se voltaram para a Casa da Cultura que agora recebe o nome de Nésia Melo da Silveira, a primeira ceramista registrada em Santa Catarina. Falecida em 1994, dona Nésia trabalhou 48 anos na fabricação dos tradicionais bonecos e cerâmicas de barro.
Trabalhando desde os seis anos de idade com seus pais na olaria que a família mantinha na Ponta de Baixo, foi a introdutora do boi-de-mamão, pau de fita, orquestra de sapos e presépios de natal em argila em São José.
A irmã de Nésia, Celi Melo de Souza, e os filhos da homenageada, Marcos Antônio da Silveira e Eliete da Silveira, a superintendente da Fundação de Cultura, Elenita Gerlacg Koerich, e o vice-prefeito José Natal Pereira descerraram a placa comemorativa.
Marcos Antônio, filho de dona Nésia, ficou emocionado com a homenagem. “Para mim foi uma surpresa muito grande e um reconhecimento para toda a família”, destacou. Apesar da história da ceramista, nenhum membro da família levou a tradição adiante. “Eu trabalho com a instalação de equipamentos de áudio, mas também sei trabalhar com o barro e fazer algumas figuras. Quem sabe ao me aposentar, eu retome esta tradição”, pontuou.
Aos 80 anos, dona Celi também estava feliz com a lembrança do nome da irmã. “Quando soube (da homenagem) comecei a chorar. É uma alegria muito grande tanto para mim, quanto para minha irmã Maria, que não pode estar aqui hoje”, explicou Celi.
A manhã foi encerrada com a inauguração do engenho de farinha e açúcar no Museu Histórico de São José. O maquinário, construído em 1934, foi adquirida pela Fundação Municipal de Cultura e Turismo na comunidade do Egito, em Antônio Carlos.
O engenho, que pode ser movido tanto por tração animal, como por água, ficará exposto nos fundos do Museu Histórico, retratando a tradição açoriana para a produção de farinha e açúcar. No espaço, junto com o engenho, também ficará exposto um carro de boi e um tacho que era utilizado para fazer melado.
Para a superintendente da Fundação de Cultura, o engenho faz parte da história das comunidades de base açoriana. “Agora este engenho integra o acervo do Museu e estará exposto para que as futuras gerações conheçam a nossa história. Na Fundação, temos o projeto ‘Conhecendo São José’ que, três vezes por semana, promove visitas guiadas por um historiador para alunos das escolas da região”, conta Elenita.
O vice-prefeito José Natal Pereira destacou que a exposição do engenho representa um resgata da história do município. “São José foi um grande produtor de farinha de mandioca e cana de açúcar. Por isso é importante o esforço para preservar nossa história, já que a maior parte das crianças e adolescentes de hoje não sabe como funciona um carro de boi ou um engenho de farinha”, avalia Natal.
› FONTE: Prefeitura de São José