Depois de meses de expectativas e incertezas dos investidores em relação aos rumos da política fiscal, o governo anunciou nesta nesta quinta-feira, 20, corte de R$ 44 bilhões no Orçamento da União deste ano.
O governo vai perseguir uma meta de superávit primário das contas do setor público de R$ 99 bilhões, o equivalente a 1,9 % do Produto Interno Bruto (PIB) – proporcionalmente, o mesmo obtido no último ano.
A meta fiscal dos governo regionais neste ano é de R$ 18,2 bilhões, o equivalente a 0,35% do PIB. Já a meta fiscal do governo central é de R$ 80,8 bilhões, ou 1,55% do PIB.
O compromisso de esforço fiscal deste ano, em números absolutos, é maior do que os R$ 91,306 bilhões alcançados em 2013. A meta de 2014, porém, é menor do que os 2,1% do PIB prometidos quando o governo enviou, em meados do ano passado ao Congresso a proposta de Orçamento da União.
A primeira previsão do governo federal para a expansão do PIB (produção de bens e serviços de economia) neste ano era de 4,0%, no projeto de lei orçamentária deste ano. O Congresso aprovou o documento com a redução da expectativa para 3,8%. Nesta quinta, o governo anunciou a projeção de 2,5% de avanço econômico neste ano.
O valor é bem mais otimista do que a expectativa de 1,79% de crescimento da economia brasileira projetada pelos analistas econômicos, segundo a Pesquisa Focus do Banco Central.
Cortes no PAC e em emendas. Foi reduzida a previsão de investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em R$ 7 bilhões, somando R$ 54,463 bilhões. Na proposta de Lei Orçamentária, a previsão era de R$ 61,463 bilhões.
O governo também reduziu em R$ 13,3 bilhões a previsão de emendas de parlamentares no Orçamento, que passou para R$ 6,462bilhões. O documento de programação orçamentáriainforma ainda que a liberação de limite para as emendas individuais será de R$ 6,510 bilhões, sendo 50% na área da saúde.
PCA e câmbio. A previsão de inflação do governo também foi puxada para baixo. O IPCA projetado pela equipe econômica caiu de 5,8% para 5,3% em 12 meses terminados em dezembro.
No caso do câmbio, a estimativa foi levada para cima: de R$ 2,30 para R$ 2,44. Desde janeiro, a moeda americana tem flutuado na casa dos R$ 2,40.
› FONTE: Vejamos