Por serem permeáveis, a pavimentação com paralelepípedos e pisos intertravados ajuda a manter o bom nível do lençol freático.
Com o calor excessivo dessa época do ano, o aumento no consumo de água é inevitável e isso leva a uma procura maior por postos artesianos.
Acontece que a falta de chuvas, associada a pavimentação asfáltica, que é impermeável, acabam por reduzir drasticamente o nível de água nos lençóis freáticos, que são formadas pela água subterrânea que preenche todos os espaços porosos e permeáveis das rochas e dos solos.
É o que está acontecendo na cidade de Americana, interior do estado de São Paulo, onde o lençol freático profundo, que atende o poço Jardim Colina, rebaixou tanto a ponto de impossibilitar a captação da água.
Nesse sentido, a pavimentação ecológica, que pode ser feita com paralelepípedos ou piso intertravado, seria uma alternativa para minimizar esse problema.
“Esses pavimentos permitem o desenvolvimento de gramíneas entre suas juntas, que se proliferam e desempenham a função de absorver águas e nutrientes, permitindo a infiltração da água da chuva, o que propicia a recarga do lençol freático e a diminuição da vazão escoada para os mananciais, reduzindo o risco e enchentes. Além disso, elas retém parte dos elementos sólidos trazidos pela água, o que contribui diretamente para a qualidade da água”, explica o engenheiro Claudio Castro.
E pelo fato de serem permeáveis, a pavimentação com paralelepípedos e pisos intertravados absorvem menos calor que o asfalto, o que contribui para o conforto térmico.
“O asfalto tem o poder de absorver calor e liberá-lo para o meio ambiente, mesmo após o sol se pôr. Já o paralelepípedo e piso intertravado acabam absorvendo menos calor pela característica da própria rocha (no caso do paralelepípedo) e pela espessura do calçamento, tornando a temperatura mais amena e o clima mais agradável”, finaliza Castro.
› FONTE: DeCastro Assessoria