A licitação do transporte coletivo em Florianópolis foi um dos principais temas abordado pelos deputados na sessão ordinária desta quarta-feira (12).
Com base em manifestações do Sintraturb, o sindicato dos trabalhadores do transporte coletivo, e de uma reportagem da RIC TV Record, ele afirmou que o modelo proposto pela Prefeitura de Florianópolis na licitação não vai resolver os problemas de mobilidade urbana.
“A licitação impede a integração com a região metropolitana de Florianópolis”, disse. Essa não é uma opinião só desse deputado. O Sintraturb e o próprio Setuf também entendem dessa maneira”. O deputado vai propor a realização de uma audiência público sobre o assunto na Assembleia.
Já Kennedy Nunes (PSD) parabenizou o prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Junior (PSD), por ter realizado a licitação, pela primeira vez na história do transporte coletivo da capital. Segundo ele, em Joinville, os prefeitos, em especial os do PMDB, não realizam a licitação e apenas renovam os contratos com as empresas que exploram o serviço. “Parabéns, prefeito Cesar, e aproveite para ligar para o prefeito Udo Döhler (Joinville) para dizer como se faz a licitação”.
Kennedy defendeu a concessão de subsídios para o transporte público. Ele citou o exemplo da Europa, onde, em alguns países, o preço da passagem é até 60% subsidiado pelo poder público. “Só assim vamos conseguir ter um preço justo para competir com os carros, com as motos”, disse, reiterando que, além de tarifa competitiva, o sistema deve oferecer qualidade e pontualidade aos usuários.
Sargento Amauri Soares (PSOL) também saiu em defesa dos subsídios. Para ele, o ideal seria a constituição de uma empresa pública, que ofereceria o transporte de graça aos cidadãos.
“Fala-se de subsídio ao transporte público como se fosse um crime à economia, mas ninguém critica os subsídios e outras vantagens que o poder público dá aos monopólios do carro”, destacou.
O deputado criticou o fato da licitação em Florianópolis ter sido vencida pelo consórcio formado pelas empresas que já exploram o serviço na capital.
› FONTE: ALESC