Com grandes mananciais de água em níveis considerados ainda dentro da normalidade, mas muitos também abaixo do ideal, diante do quadro atual de altas temperaturas e falta de chuvas regulares no Estado, a Casan continua monitorando a situação e reforça o pedido de colaboração para que o uso da água seja restrito ao essencial.
“Estamos buscando um pacto com a população para que Santa Catarina não chegue à situação de outros estados que já estão enfrentando o desabastecimento”, ressalta o diretor de Operação e Meio Ambiente, Valter José Gallina, lembrando que na maior parte dos 200 municípios atendidos pela Casan o fornecimento de água ainda é considerado regular. “O problema é até quando, já que as previsões climáticas continuam não favoráveis”, acrescenta.
O apelo à população para que colabore e evite o desperdício, como a lavação de carros e calçadas, leva em conta que a primeira quinzena de fevereiro deve ter, assim como janeiro, temperaturas máximas e médias acima do normal, dias seguidos de calor intenso, chuvas raras e mal distribuídas.
O acompanhamento da situação dos mananciais pela Companhia vem sendo feito com reuniões e avaliações diárias. “Já percebemos que a população está colaborando. Vizinhos estão fiscalizando vizinhos. Se todos usarem a água de forma racional e econômica, vamos passar bem por esta fase difícil”, observa Valter Gallina.
Segundo ele, existe um planejamento para medidas emergenciais em caso de colapso no abastecimento por causas climáticas , incluindo o rodízio no fornecimento de água. Mas a expectativa da Casan é de que essa ação não seja necessária.
Acompanhe a situação em algumas regiões:
Grande Florianópolis
:: Principal fonte de captação para a região metropolitana, com abastecimento de cerca de 700 mil habitantes, o Rio Pilões, na Serra do Tabuleiro, em Santo Amaro da Imperatriz, está com lâmina de água que ainda atende a produção regular, mas sob constante monitoramento.
:: No Norte da Ilha, a lagoa de captação da Praia da Daniela é o local mais crítico, com nível em cerca de 40% abaixo do normal. Outros 10 poços de captação também dão suporte. A principal fonte de abastecimento na região é o aquifero costeiro dos Ingleses, com situação considerada ainda satisfatória. A reposição dos mananciais subterrâneos também é feito de forma natural, pela água da chuva.
:: No Sul da Ilha, ainda que o nível da lâmina de água e a captação na Lagoa do Peri se mantenham dentro da normalidade, a situação é monitorada. O manancial abastece bairros do Sul e Leste da Ilha.
:: A região de Biguaçu enfrenta desabastecimento em diversas regiões e a população tem sido atendida com caminhões-pipa.
Litoral Norte
:: Situação da captação no rio Perequê, que abastece Porto Belo e Bombinhas, é crítica.Há problemas de abastecimento em alguns bairros, com monitoramento constante da Casan.
:: Município de Araquari tem problemas de abastecimento desde o final do ano passado. O caso é tratado como prioridade pela Casan. Até a próxima semana deverá ser apresentado um cronograma de obras emergenciais para resolver os problemas de abastecimento de água que estão ocorrendo, de forma mais intensa no bairro Itinga, incluindo a construção de um reservatório, uma nova estação de tratamento de água e abertura de poços artesianos
:: Barra Velha está com nível baixo de seu manancial, o Rio Itinga, e já utiliza água da lagoa de reserva localizada ao lado da Estação de Tratamento de Água. Não há bairros com desabastecimento, mas um comunicado está sendo divulgado na região para que a população esteja ciente do problema e colabore, evitando desperdícios.
Oeste
: Pinhalzinho: situação é uma das mais críticas. Rio Limeira está com fornecimento 40% abaixo do normal. O sistema de tratamento e abastecimento funciona sem interrupção porque caminhões-pipa coletam água bruta no reservatório da Cooperativa Aurora e levam para a Estação de Tratamento de Água (ETA).
:: Caçador: devido ao elevado consumo, altas temperaturas e nível reduzido do Rio do Peixe, o sistema de abastecimento de água no Município de Caçador está comprometido em todos os bairros e a Casam procura atuar em esquema emergencial de prioridades.
:: Chapecó: devido ao nível reduzido de água do Lajeado São José e reforma em um dos módulos da Estação de Tratamento de Água, o sistema de abastecimento de água está comprometido em todas as regiões, mas não há desabastecimento.
Economia de água: faça sua parte
:: Use a água de forma racional
:: Evite banhos demorados
:: Não use o vaso sanitário como lixeira
:: Mantenha a torneira fechada ao fazer a barba e ao escovar os dentes
:: Antes de lavar os pratos e panelas, limpe bem os restos de comida e jogue-os no lixo
:: Deixe a louça de molho na pia, com água e detergente, por uns minutos e ensaboe. Repita o processo e enxágue
:: Adote o hábito de usar a vassoura, e não a mangueira, para limpar a calçada e o quintal de sua casa
:: Use balde e pano para lavar o carro, ao invés de uma mangueira. Evite lavar o carro durante a estiagem
:: Use regador para molhar as plantas ao invés de utilizar a mangueira
:: No verão a rega das plantas deve ser feita de manhazinha ou à noite. Isso reduz a perda de água por evaporação
:: Utilize a máquina de lavar somente quando estiver na capacidade total
:: No tanque, feche a torneira enquanto ensaboa e esfrega a roupa.
Atividades com maior desperdício de água/dia
:: Torneira gotejando: 40 litros diários
:: Torneira aberta durante 5 minutos: 80 litros diários
:: Banho de 15 minutos: 243 litros
:: Lavar a calçada com mangueira por 15 minutos: 279 litros
› FONTE: Governo do Estado de SC