Depois de serem alvo de um “novo modelo de gestão”, os pagamentos do auxílio-doença voltaram aos níveis que levaram o governo a detectar abusos no programa na década passada. Segundo dados recém-divulgados pela Previdência Social, o número de beneficiários se aproximou de 1,5 milhão em dezembro, num salto de quase 10% sobre o contingente de um ano antes.
O auxílio-doença previdenciário é a terceira maior despesa do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), na casa dos R$ 17 bilhões em 2013.
Entre os principais programas, foi o de maior aumento da clientela. O número de aposentados cresceu 3,8%, e o de pensionistas, 2,6%. A população brasileira cresce menos de 1% ao ano.
No fim dos anos 1990, o programa, que até então tinha dimensões modestas, iniciou uma explosão de despesas –a quantidade mensal de pagamentos, que rondava os 500 mil, triplicou no breve intervalo entre 1999 e 2004.
“Graças a ofensiva do governo Lula, o INSS passou a ser mais rigoroso na concessão dos benefícios –que depende da avaliação de peritos– e reduziu o total de pagamentos a pouco mais de 1 milhão por mês. Mas a trajetória de alta foi retomada em 2010.
O deficit caiu de 1,7% do Produto Interno Bruto, em 2007, para 1% em 2013. Mas, no ano passado, as despesas superaram as receitas em R$ 49,9 bilhões –era esperada uma diferença de R$ 33,2 bilhões. A expansão do auxílio-doença ajudou a inflar o deficit.
› FONTE: Vejamos