Estudo mostra que crescimento de 10% dos meios eletrônicos de pagamentos pode elevar o PIB do Brasil em 1%. Caso o Brasil registre crescimento 30% no uso dos meios eletrônicos de pagamento, em quatro anos, pode obter aumento de 3,65% no PIB.
O Uso do dinheiro em papel moeda pode ser fator limitante na busca do crescimento econômico de países, facilitando disparidades sociais.
A falta de instrumentos financeiros e o uso significativo dos meios não eletrônicos de pagamentos limitam o crescimento econômico e facilitam problemas sociais nos tempos modernos.
Essa é a conclusão do estudo “Custo Social do Dinheiro”, desenvolvido pela MasterCard por meio de análises socioeconômicas e impactos dos meios eletrônicos de pagamento em 35 países. O estudo aponta que o avanço de 10% na penetração dos meios eletrônicos de pagamentos no Brasil poderia aumentar em aproximadamente 1% do PIB.
O objetivo do estudo é projetar os efeitos do uso do dinheiro em papel moeda para a economia, consumidores, empresas e governos e os impactos sobre as finanças dos segmentos mais vulneráveis da população e também sobre o PIB dos países analisados.
A pesquisa indica que, caso o mercado brasileiro registre crescimento de 30% no uso dos pagamentos eletrônicos em quatro anos, esse avanço pode significar um aumento de 3,65% no PIB do País.
Quando comparado aos meios eletrônicos de pagamento, o uso do papel moeda é associado a uma série de custos diretos e indiretos para governos, comércio e consumidores. “Uma sociedade com menos circulação de dinheiro efetivo tem relação direta com uma economia próspera.
Esta é uma oportunidade para aprimorar e alavancar a integração de pagamentos eletrônicos que podem servir como um motor para o crescimento econômico”, explica João Pedro Paro Neto, presidente da MasterCard Brasil. “A economia precisa de soluções fáceis, transparentes e de baixo custo para a sociedade, que possam incluir todos no sistema financeiro, a exemplo do que está sendo feito com sucesso no Brasil e em diversas regiões do mundo”, completa o executivo.
De acordo com a pesquisa, os custos diretos consistem no manuseio, segurança e processamento do papel moeda, enquanto os custos indiretos estão relacionados às despesas para a sociedade e governos, como a exclusão financeira, sonegação fiscal e corrupção.
O estudo faz ainda correlações entre o uso de dinheiro nas transações e o PIB per capita, o coeficiente de disparidade social e o índice de percepção de corrupção dos países analisados.
Quanto maior o uso do dinheiro, maiores são as diferenças socioeconômicas, menor a transparência e o PIB de um país. Além disso, a análise aponta que dinheiro efetivo tem uma estreita relação com a cultura do crime e atividades econômicas paralelas, envolvendo "vendas não declaradas" e "emprego não declarado”.
› FONTE: Tamer Comunicação