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Biometria ajuda a evitar fraudes na área da saúde pública

Publicado em 21/01/2014 Editoria: Saúde Comente!


Tecnologia, desenvolvida pela empresa IPM, é testada em prefeituras do Sul do país e deve modernizar o atendimento básico de saúde à população.

A biometria, usada nos últimos anos no Brasil para facilitar a votação em urnas eletrônicas pode virar uma aliada também na área da saúde.

A tecnologia aposenta os ultrapassados cadastros em fichas de papel em troca da identificação biométrica do paciente ou seja, a partir das impressões digitais. Entre as vantagens, estão a redução de custos, o controle efetivo dos procedimentos e medicamentos e a prevenção de fraudes em recursos do Sistema Único de Saúde (SUS).

O novo sistema está em fase de estudos para implantação nas Secretarias de Saúde dos municípios gaúchos de Candelária, Gravataí e Santa Rosa. Um dos problemas que serão corrigidos com a identificação biométrica é o número de pacientes homônimos, o que pode prejudicar o registro de consultas e procedimentos médicos, além do próprio cidadão.


A identificação biométrica acaba com as chances de equívoco em cadastros e informações de pacientes, garante Normênio Momm, analista de sistemas da IPM, empresa especializada em sistemas de gestão pública, que desenvolve a tecnologia.

No modelo utilizado hoje, pacientes com nomes Maria de Jesus ou José da Silva, por exemplo, correm o risco de serem confundidos, ou pior, medicados com substâncias de princípio ativo aos quais são alérgicos.. Com a identificação biométrica, os profissionais da saúde não terão chance de erro na identificação do paciente.


Outro problema que será evitado pelo uso da tecnologia é a fraude em recursos para procedimentos de alto custo junto ao Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com Normênio, um único procedimento médico pode ultrapassar os R$ 70 mil.

Para tanto, o controle e auditoria do SUS no repasse desses recursos às prefeituras é defasado. “O prestador conveniado ao SUS tem a obrigação de informar ao município os procedimentos que realizou para comprovação e recebimento dos serviços prestados.

Atualmente tudo é registrado em papel, de forma manual e não possui uma auditoria efetiva sobre estas execuções, o que aumenta o risco de erro”, explica.


Rede de saúde acessa o mesmo sistema


A biometria atente a diretrizes do Ministério da Saúde, que tem estreitado o cerco no sentido de dar mais transparência aos recursos utilizados na área e para garantir o acesso dos usuários aos serviços do SUS.

A tecnologia, que funciona em sistema Cloud Computing, permite a identificação do paciente e a confirmação dos procedimentos realizados junto a hospitais, clínicas e laboratórios conveniados ao SUS.

Ou seja, as mesmas informações do paciente, como o Registros Eletrônicos em Saúde (S-RES) e o Prontuário Eletrônico do Paciente – PEP , são acessadas por toda a cadeia de atendimento de saúde conveniada à prefeitura pela internet.


O profissional da saúde também será identificado pela biometria, acabando com a exigência de logins e senhas para acessar o sistema. A tecnologia segue os padrões da resolução CFM Nº 1821/2007 adotados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS).

A previsão da IPM e das prefeituras gaúchas é iniciar a implantação do sistema biométrico na área da saúde ainda neste ano.

 

› FONTE: Dialetto Comunicação Estratégica

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