Radiação UV em níveis extremos aumenta os riscos de queimaduras
Com uma menor concentração de ozônio na atmosfera, a pele é agredida pela exposição solar com muito mais intensidade do que ocorre normalmente, exigindo maior cautela no banho de sol e, nesta esteira, cuidados específicos em caso de queimaduras.
Para o cirurgião pediatra Maurício Pereima,diretor da Clínica Cepelli, as principais recomendações para evitar o agravamento das queimaduras são não aplicar nenhum produto sobre a lesão e buscar o auxílio de um profissional de saúde o quanto antes, para que sejam tomadas as providências necessárias para o sucesso da recuperação.
“Quanto mais precoce for o diagnóstico, menor será o desconforto do paciente e maiores são as chances de cicatrização”, observa o especialista, que alerta: “As soluções caseiras podem comprometer o tratamento e a saúde.
Além da aplicação de pomadas irritar a pele queimada, também acarreta riscos de infecção por bactérias, fungos e vírus presentes nesses produtos, já que a barreira natural do organismo – a pele – está danificada”, insiste o especialista, que é editor científico da Revista Brasileira de Queimaduras.
TIPOS DE QUEIMADURAS
Espessura superficial.
Queimadura solar.
Afeta somente epiderme, sem formar bolhas.
Provoca vermelhidão, dor, edema, descamam 4-6 dias.
Segundo grau:
Espessura parcial: superficial e profunda.
Afeta epiderme e derme, com bolhas ou flictenas.
Base da bolha rósea, úmida, dolorosa (superficial).
Base da bolha branca, seca, indolor (profunda).
Terceiro grau:
Espessura total.
Indolor.
Placa esbranquiçada ou enegrecida.
Textura coreácea.
Não reepitelizam, necessitam de enxertia de pele.
PRIMEIROS SOCORROS:
Não passe no local atingido nenhum produto ou receita caseira. A pele fica extremamente sensível após uma queimadura e as pomadas, ainda que adquiridas em farmácias, machucam ainda mais as células cutâneas e podem irritar a pele e gerar infecções.
Não tente estourar as bolhas provocadas pela queimadura. Elas se manifestam nas queimaduras de segundo grau e devem ser manuseadas apenas por um profissional especializado. Ou seja, não devem ser rompidas, estouradas ou mesmo esvaziadas com uma agulha.
Ao retirar esse curativo natural em casa, o ferimento estará exposto a instrumentos possivelmente contaminados e pode infeccionar. Se houver necessidade de cobrir o ferimento a caminho do serviço de Saúde, o indicado é envolvê-lo num pedaço de pano limpo.
Tecidos ou materiais que grudam no ferimento, como o algodão, devem ser evitados. O paciente queimado não deve retirar a roupa que estiver usando. O ideal é molhar a vestimenta e permanecer assim até a chegada ao pronto-socorro, para evitar que as bolhas estourem e que a pele seja arrancada.
› FONTE: Imprensa Clínica Cepelli